A HP Enterprise, empresa de hardware e serviços corporativos resultante da cisão da antiga HP, divulgou os resultados financeiros do primeiro trimestre do ano fiscal de 2016, encerrado em 31 de janeiro, com uma queda de 52% no lucro, impactado pelas variações cambiais. O lucro líquido totalizou US$ 267 milhões, ou um ganho de US$ 0,15 por ação, contra US$ 547 milhões obtidos um ano antes — os resultados do exercício fiscal anterior pressupõem que a empresa era independente.
A receita da empresa também recuou, 2,5%, para US$ 12,7 bilhões, ante US$ 13 bilhões registrados em igual período do ano fiscal passado. No entanto, excluindo os efeitos cambiais, a receita subiu 4%.
Em teleconferência com analistas e a imprensa, a CEO Meg Whitman ressaltou que a empresa entregou pelo terceiro trimestre consecutivo um crescimento da receita, em moeda constante. "Excluindo o impacto da atividade recente [fusão], vimos o crescimento da receita em moeda constante em todos os segmentos de negócios pela primeira vez desde 2010."
A divisão Enterprise Group respondeu pela maior fatia da receita no trimestre, e foi a única a registrar crescimento no período — todas as demais apresentaram queda na comparação com o mesmo período do exercício fiscal de 2015. A receita da Enterprise Group subiu 1%, totalizando US$ 7 bilhões, ante US$ 6,9 bilhões um ano antes.
Já a divisão Enterprise Services recuou 6%, passando de US$ 4,9 bilhões um ano antes para US$ 4,6 bilhões. A unidade de software seguiu a mesma tendência e caiu 10%, de US$ 870 milhões no terceiro trimestre do ano fiscal de 2015 para US$ 780 milhões. O mesmo ocorreu com a divisão Financial Services, que recuou 3%, de US$ 803 milhões para US$ 776 milhões.
Apesar de modestos para os padrões da empresa, o números foram bem recebidos por Wall Street. Logo após a divulgação do balanço nesta quinta-feira, 3, as ações da HP Enterprise no after-hours trading, negociação após o fechamento da Bolsa de Nova York, fecharam cotadas a US$ 14,50, alta de 4,31%.
A HP Enterprise é a maior fabricante de computadores usados em data centers corporativos, respondendo por quase um terço da receita global nesse segmento. A empresa, assim como outros fornecedores de tecnologia, tem enfrentado o desafio de transformar seu modelo de negócio em razão do aumento dos serviços de nuvem.