Tecnologia da informação foi a carreira de ensino superior com o maior números de vagas entre 2009 e 2012 no Brasil, dentre 22 carreiras analisadas, de acordo com estudo do Ipea (Instituto de Política Econômica Aplicada) divulgado nesta quarta-feira, 3. Do total de 304.317 postos de trabalho abertos no período, 16,3% destinaram-se a analistas de tecnologia da informação, profissão que registrou a maior expansão em termos de geração líquida de empregos, com 49.535 vagas, em sua maioria, na região Sudeste (veja gráfico abaixo).
Em relação a faixa salarial de profissionais com nível superior, o Ipea constatou que o salário médio de administradores de tecnologia da informação foi de R$ 3.409,47 no ano passado. Entre 2009 e 2012, o crescimento dos salários para esta função foi de 20,3%. O relatório indica que os peritos criminais foram os que tiveram aumento acima da inflação no período — os rendimentos aumentaram 523,7% —, junto com os profissionais ligados à administração de serviços de segurança, cujo 174,4%. Em 2012, o salário médio dos peritos criminais foi de R$ 7.793,91 e dos profissionais de administração de serviços de segurança, R$ 6.874,97.
No que diz respeito aos cursos de nível técnico, os que mais abriram vagas no período são no setor da saúde. Nessa área, foram criados quase 100 mil postos de trabalho, 25% das cerca de 400 mil vagas abertas em atividades de nível técnico. A categoria técnicos de informática ficou na sexta posição do ranking, com quase 30 mil vagas geradas entre 2009-2012.
Os maiores ganhos salariais entre as atividades que demandam certificado de curso técnico são os de operadores de câmera fotográfica, de cinema e de televisão (alta de 51,1%), seguidos por profissionais de inspeção, fiscalização e coordenação administrativa (41,6%) e de laboratórios (29,3%). No período analisado, os técnicos em informática tiveram aumento salarial de 11%, sendo que em 2012, o salário médio desses profissionais foi de R$ 1.741,99.
O estudo do Ipea foi feito com base nos microdados do Censo Demográfico de 2010, do IBGE.