As vendas totais vendas do varejo brasileiro em setembro encolheram 3,3% comparadas ao ano anterior, desempenho não muito diferente da queda de 3,2% em agosto em relação a 2015, de acordo com o relatório mensal SpendingPulse, indicador sobre gastos no varejo nacional da Mastercard Advisors.
Um dos principais destaques no desempenho do varejo em setembro foi o comércio eletrônico, que apresentou crescimento de 10,8% em relação ao ano passado. O desempenho é bem semelhante ao crescimento de 11% em agosto, considerado o resultado mais forte do canal nos últimos 12 meses. Além disso, o e-commerce apresentou um crescimento de 8% nos últimos três meses em relação ao mesmo período do ano passado.
No varejo, quatro setores superaram as vendas totais — vestuário, materiais de construção, artigos de uso pessoal e doméstico e produtos farmacêuticos. Enquanto isso, supermercados, combustíveis, móveis e eletrônicos tiveram desempenho abaixo. No e-commerce, produtos farmacêuticos e eletrônicos tiveram desempenho positivo, enquanto os setores de móveis, vestuário e hobby e livrarias ficaram para trás no crescimento total do e-commerce.
"A inflação continua a representar um problema para a economia, mas pode diminuir no final do ano", disse Kamalesh Rao, diretor de pesquisa econômica da Mastercard Advisors. "Ainda assim, os ventos contrários para os gastos do consumidor brasileiro são muitos, e, desse modo, o panorama deve continuar incerto no curto prazo", acrescentou Rao.
A confiança do consumidor registrou seu quinto aumento consecutivo em setembro, refletindo uma melhoria gradual na percepção do ambiente econômico. No entanto, a taxa de desemprego continua elevada, o que, junto com a inflação, acaba corroendo a massa salarial.
Em termos de crescimento em relação ao ano anterior, o Sudeste (-2.5%) e Nordeste (-2.5%) tiveram resultados superiores ao restante do País, enquanto o Norte (-5.9%), Sul (-4.4%) e Centro-Oeste (-4.3%) tiveram desempenho abaixo.