Virtualização e cloud dominam estratégias dos fornecedores de equipamentos de rede

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Os principais fornecedores de equipamentos de redes móveis de telecomunicações estão com propostas muito semelhantes no Mobile World Congress, que acontece esta semana, em Barcelona. Além das primeiras demonstrações de conceitos que devem ser usados nas futuras redes 5G (lembrando que ainda não há nenhuma padronização e o 5G só começará a ser uma realidade a partir de 2020), o grande foco dos fornecedores é em virtualização e controle da rede por software.

O que parecia ser uma tendência tecnológica principalmente dos fornecedores ocidentais (Ericsson, Nokia e Alcatel-Lucent) para não precisarem fazer frente aos baixos custos de hardware dos fornecedores chineses mostra-se, agora, uma tendência realmente global, ainda que os primeiros cases estejam apenas começando a aparecer.

A Huawei, por exemplo, organizou todo o seu portfólio de equipamentos e serviços em torno do conceito ROADS, em que os serviços e elementos de rede são virtualizados, a exemplo do que vinham propondo os fornecedores europeus e norte-americanos.

Conceitos como SDN (Software Defined Networtks) e NFV (Network Function Virtualization) estão por todos os estandes dos fornecedores de equipamentos de rede, e protocolos e padrões como OpenFlow e OpenStack passam a fazer parte dos elementos de controle de rede e processamento em nuvem que agora predominam entre os antigos fornecedores de hardware.

Há algumas diferenças sutis entre os fornecedores, como por exemplo o grau de uso de plataformas abertas de hardware e software, ainda que todos digam que usam padrões abertos. E como as implementações ainda são limitadas, ainda não está claro qual será o nível de interoperabilidade real de equipamentos.

As plataformas de business intelligence (BI) e big data dos fornecedores de rede também estão se tornando sofisticadas. Nesse aspecto, chama a atenção a Nokia, que tem feito um esforço extra de desenvolvimento de aplicações em cima do HERE, unidade da Nokia que assumiu o legado do Nokia Maps e hoje desenvolve aplicações de análise dos dados coletados pela rede.

Wi-Fi

Alguns fornecedores, como a Nokia, estão apostando que o uso de espectro não licenciado para redes 4G pode ser uma boa opção. A empresa apresentou suas primeiras small cells com LTE na faixa de 5,8 GHz, e aguarda agora que os fabricantes de equipamentos comecem a lançar celulares com chips capazes de processar os sinais disponíveis nessa faixa. A Ruckus também anunciou a integração de seus equipamentos Wi-Fi às small cells da Nokia.

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