Os gastos com TI dos chamados mercados emergentes devem totalizar US$ 1,2 trilhão neste ano, o que equivale a 31% da receita total do setor, segundo projeção do Gartner. A consultoria inclui nesses mercados as regiões da América Latina, Ásia-Pacífico (com exceção do Japão, Nova Zelândia e outros países desenvolvidos), África e Oriente Médio (exceto Israel), todas com perspectiva positiva de investimentos diante da desaceleração da economia mundial.
O Gartner ressalta também o papel dos países que compõem o Bric, bloco formado por Brasil, Rússia, Índia e China, mais o México. Juntos, eles devem representar aproximadamente metade dos gastos com TI nos mercados emergentes e 17% do investimento global em TI. "Juntos, o Bric e o México movimentarão US$ 658 bilhões, com seus mercados ainda longe da saturação", projeta o vice-presiednte de pesquisa e líder de mercados emergentes do Gartner, Luis Anavitarte, destacando o potencial da região.
Em termos regionais, a América Latina será responsável por US$ 326 bilhões dos gastos com TI neste ano, dos quais US$ 157,7 bilhões (48,4%) serão provenientes do mercado corporativo. Já o mercado de bens de consumo gerará US$ 168 bilhões em receita no ano.
"Os orçamentos de TI das empresas serão praticamente constantes neste ano, o que suge um maior desafio para as equipes de vendas", alertou Anavitarte. "Esperamos uma postura mais agressiva nos mercados corporativo e de consumo, com atenção particular aos novos compradores", completou. O analista aponta computação em nuvem e tecnologias móveis com as duas principais áreas nas quais os investimentos estarão concentrados.