IPTV sempre foi a tecnologia preferencial de distribuição citada pelas teles brasileiras quando se fala de TV por assinatura. Mas quando decidiram realmente entrar no mercado, foram pelo caminho conhecido.
"Optamos por tecnologias consolidadas para ganhar tempo, dentro de uma estratégia de entrar rapidamente no mercado de oferta de serviços triple play", disse o diretor de desenvolvimento da Telefônica, Gilberto Sotto Mayor, durante o Congresso ABTA 2006.
A entrada da Telemar na TV paga, que vem sendo estudado há mais de um ano, também será viabilizada por uma tecnologia tradicional no caso da aprovação pela Anatel da compra da operadora de TV por assinatura Way TV. Já em relação aos serviços de IPTV por redes de ADSL, segundo Alberto Blanco, diretor de desenvolvimento da operadora, a intenção é atuar comercialmente no início de 2007 com grades de programação.
?Estamos conversando com vários estúdios e com várias programadoras para montar nossa grade de canais com ofertas mais completas e mais abrangentes do que existem atualmente no mercado?, afirma.
?Temos um business plan bastante agressivo e entendemos que há espaço para expandir o serviço de TV por assinatura em lugares onde a TV a cabo ainda não atende e para atacar também com serviços agregados, sem limitação?, diz. A idéia de Blanco é oferecer junto com a grade de canais, serviços de gravação digital, interatividade, canais pay-per-view, vídeo on-demand e ainda T-commerce.
Nem Telemar, nem Telefônica, contudo, abandonaram os planos de oferecer IPTV. A Telemar quer complementar sua rede com acesso por meio de redes ADSL para seus serviços de vídeo. A Telefônica também mantém o projeto como complemento ao DTH.
Após aproximadamente um ano de testes com três fornecedores de plataformas para IPTV, a escolha do fabricante se encaminha para um desfecho. Segundo Blanco, até o fim de agosto a Telemar define a plataforma que será usada para sua operação de IPTV.