Em torno de meio milhão de pessoas tiveram seus aparelhos com sistema operacional Android infectados por algum tipo de malware no primeiro semestre, revelou o relatório Mobile Threat Report, da Lookout Mobile Security.
Segundo a pesquisa, o número de ataques aumentou consideravelmente e, hoje, um usuário tem 2,5 vezes mais chances de fazer o download de um aplicativo com malware comparado aos riscos que teve no começo do ano. Isso porque o relatório mostrou que o número de aplicativos para Android que contêm malware saltou cinco vezes nos últimos seis meses, subindo de 80, no início de janeiro, para cerca de 400, no fim de junho, sendo que somente no sexto mês do ano foram detectados mais malwares nos aplicativos para Android do que o total do ano passado.
Este aumento é atribuído ao aperfeiçoamento das técnicas dos hackers a fim de roubarem dados dos aparelhos. As técnicas de distribuição também estão sendo aprimoradas, utilizando falsos anúncios e falsos pedidos de atualização de sistema. A maioria dos aplicativos esconde intenções maliciosas por trás de três tipos de conteúdo – jogos, utilitários e pornografia.
A pesquisa chamou atenção para a reversão da tendência entre aplicativos de spyware e malware. A diferença é que enquanto o primeiro tipo coleta dados do usuário sem consentimento deste – como sistemas de controle dos pais sobre a navegação dos filhos na Internet -, os malwares coletam estas informações com fins criminosos e, de fato, os aplicam. Em janeiro, 66% dos dados coletados sem autorização eram de spyware e 34% de malware. Já em junho, os dois tipos praticamente se igualaram em participação: 52% eram spywares e 48%, malwares.
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