As três grandes ondas da transformação digital

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Estima-se que em 2019 mais de 200 bilhões de transações sejam realizadas por meio de dispositivos móveis. Isso significa que o contexto no qual as empresas fazem negócios mudou. Não basta apenas pensar no produto ou serviço que está sendo oferecido. Todas as interações digitais fazem parte da experiência do cliente. Nesse cenário, a transformação digital ganha uma importância ainda maior.

Para se ter uma ideia, US$ 3,7 trilhões já são gastos todos os dias em compras pela Internet. É por isso que qualquer mudança deve considerar a tecnologia como parte integrante do modelo de negócio e não apenas uma ferramenta para dar suporte ao modelo atual. É um processo, porém, que não ocorre de um dia para o outro. Trata-se de um ciclo que passa por etapas distintas e a geração de resultados vai de caso a caso.

De modo geral, a maioria das empresas está na fase mais básica e ainda precisa ser despertada do potencial da transformação digital, que exige mudança cultural, além da adoção de recursos e ferramentas, capazes de adaptar ou transformar os modelos de negócio diante das novas tecnologias.

Mas não se trata somente de instalar algumas ferramentas tecnológicas. O movimento é muito mais profundo, pois, muitas vezes, envolve abrir mão da maneira atual de fazer negócios, o que vai resultar na transformação da maneira pela qual as empresas geram valor para acionistas, clientes e parceiros.

Hoje, fala-se muito sobre os estágios da transformação digital. Entretanto, poucas corporações estão realmente preparadas para passar por essa jornada de mudanças profundas, alterando estruturas organizacionais e mexendo no jeito de conduzir as operações, um processo que envolve três grandes ondas.

#Primeira onda: digitalização da operação

Muitas empresas que buscam adotar a Inteligência Artificial para a análise de seus dados, por exemplo, ainda não têm sistemas digitalizados ou transformados digitalmente. Por isso, o primeiro passo e talvez o mais importante é a digitalização da operação, que significa sair do mundo analógico, do offline para o online. Aqui quando falamos para ir para o mundo online falamos de levar a mesma experiência do consumidor no mundo offline para o mundo digital.

Sair do analógico para o digital requer um armazenamento apropriado dos dados para que se possa, no futuro, usar a Inteligência Artificial de forma adequada e aprimorar a experiência do cliente em todo seu ciclo de relacionamento com a empresa.

#Segunda onda: Business Inteligence

Consiste em, a partir dos dados armazenados, contar com um analista que proverá os primeiros relatórios gerenciais a partir do cruzamento das informações. Isso pode até ser feito manualmente com o objetivo de encontrar padrões. Se começa a amadurecer a operação a partir do momento em que se faz esse cruzamento de variáveis e informações.

#Terceira onda: entrada da Inteligência Artificial

É a fase marcada por uma grande quantidade de variáveis a serem analisadas, em que a Inteligência Artificial faz toda diferença. A máquina trabalha em cima dos dados e gera insights para o ser humano. Há uma série de técnicas de IA aplicadas para que, a partir desse cruzamento de infinitas possibilidades, voltem insights para os seres humanos. Com essa aplicação, o gestor vai descobrir que a combinação de inúmeras variáveis pode ampliar suas vendas em três vezes mais. Assim, a ordem inverte e se otimiza os insights.

Desta forma, é possível simplificar, otimizar e flexibilizar processos em todas as áreas de uma organização.

Rodrigo Cunha, diretor da Neurotech.     

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