A impressão 3D é a nova Internet

0

Como soou a Internet para o brasileiro há 30 anos? Talvez coisa de outro mundo. Apenas alguns, provavelmente, imaginaram que a tal tecnologia seria a grande protagonista das maiores revoluções no século 21. Revoluções essas que transformaram, e ainda transformam, relações humanas, de negócios, de comunicação e de sociedade.

Qual é a nova Internet? A busca por novas tecnologias é incansável. Mas posso afirmar, sem dúvida, que quem chega para assumir esse novo papel é a impressão 3D. Você sabe o que realmente significa imprimir em três dimensões? Quem realmente conhece o que essa tecnologia representa, concorda comigo que a "menina dos olhos" agora é essa. Estamos falando de um equipamento que imprime objetos. Se ela produz peças, isso se traduz em criar o que se quer, no momento em que se deseja, com um toque personalizado e único. Em poucas palavras, falamos de uma máquina que produz objetos para chamar de seu.

Para alguns, o assunto é novo. Para outros, nem tanto. Já os especialistas o consideram antigo. No entanto, o importante é que essa tecnologia impactará os meios de produção e os processos mais tradicionais da indústria. Afinal, há aqueles que querem fazer seus próprios objetos de decoração, produzir joias, acessórios, vestimentas, e utilizar o equipamento como meio de concretizar ideias e dar um toque único ao que, antes, não era possível personalizar.

A boa notícia é que a impressão 3D já ganhou avanços impressionantes ao redor do mundo e é acessível tanto para indústrias como para usuários comuns, como eu e você. Assim, o Brasil também é um dos países em que essa tecnologia mais cresce e se democratiza. Tanto que, recentemente, outro grande passo foi dado: a impressora 3D para uso pessoal, a Cube, passou a ser vendida no varejo brasileiro online. Portátil, ela possui design amigável, e seus valores finais não chegam a R$ 7 mil, preço esse que, há 5 anos, era inimaginável. Isso significa que o brasileiro pode comprar pela Internet um equipamento desses e começar a utilizar sem burocracia.

Muitos me perguntam se o manuseio com uma impressora 3D é realmente fácil como parece, pois para desenhar os próprios objetos e mandar imprimir, é preciso saber usar softwares específicos de desenho como o AutoCAD. Para quebrar essa barreira entre a curiosidade e o revolucionário, há diversas empresas focadas em tornar esse processo cada vez mais amigável.

O Google, por exemplo, trouxe o Sketch Up, que produz modelos em 3D de forma prática e rápida, e a própria 3D Systems, fabricante desses equipamentos, lançou esse ano um aplicativo para smartphone que permite desenhar com os dedos qualquer coisa, que automaticamente se transforma num desenho em três dimensões, pronto para ser impresso.

Para ampliar o cenário, vemos a Medicina utilizando as impressoras 3D para avançar em pesquisas e na substituição de órgãos humanos; a Arquitetura e a Construção Civil, dedicadas em construir monumentos e prédios com o auxílio desse magnífico equipamento; e até a NASA decidida em usufruir dos benefícios proporcionados pela revolucionária tecnologia para eliminar custos e otimizar tempo para seus funcionários que trabalham no espaço. Tudo isso posto, temos alguma dúvida de que essa tecnologia será a nova Internet?

Não. No entanto nem tudo são flores. De fato, existem usos negativos dela, assim como qualquer outra invenção feita pelo ser humano, seja com a Internet, com a natureza, os meios de comunicação etc., mas o comportamento destrutivo é controlado, a tecnologia, não, pois, em sua maioria, só traz benefícios para a humanidade. Afinal, estamos falando de um segmento que cresce 100% a cada ano e que chega mais perto das mãos do brasileiro, pessoas comuns como eu e você.

Sergio Oberlander, sócio-fundador da Robtec

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.