O setor imobiliário é um dos mercados mais tradicionais, mas também tem passado por um grande processo de digitalização. Além das tecnologias já existentes, entra em cena também o blockchain, tornando as transações digitais de todos os tipos de imóveis, inclusive fazendas, cada vez mais transparentes, íntegras e seguras. A Resale, outlet de imóveis que desenvolve soluções para gestão e venda de imóveis que retornam ao mercado provenientes de instituições financeiras, e a Wuzu, fintech curitibana especialista na criação de exchanges de Bitcoin e criptomoedas, são duas das startups responsáveis por isso.
A Resale leva ao consumidor final a possibilidade de comprar online imóveis retomados que estão nas bases de bancos como o Banco do Brasil e a EMGEA – Empresa Gestora de Ativos do Governo Federal com alto valor de desconto, característico da categoria. Antes conhecida apenas por quem era do meio, a compra desses imóveis ficou muito mais digital e ágil com a tecnologia da startup.
Dentro de suas modalidades de venda, a Resale criou o modelo de concorrência pública, que consiste em uma forma extremamente segura e transparente para o envio de propostas de compra criptografadas.
"O valor proposto (envelope comercial) é 100% criptografado, inviolável e identificado por meio de um token cujos dados somente serão liberados após o término da concorrência, quando então é conhecido o ranking de participantes", explica o CTO da Resale, Paulo Nascimento.
O desenvolvimento dessa solução via blockchain utilizou a tecnologia da Wuzu. Criada em 2017, a startup leva ao mercado soluções de infraestrutura e é a primeira empresa a conectar várias exchanges na mesma matching engine. E não é a primeira vez que a startup lança algo voltado para o mercado de real estate. Em 2020, auxiliou o Banco BTG Pactual, também sócio da Resale, no desenvolvimento do ReitBz, uma plataforma que utiliza blockchain para a tokenização de ativos imobiliários sob gestão do banco.
Segundo Guilherme Zonatto, COO da Wuzu, "essa parceria com a Resale decreta um novo marco em governança e transparência nos processos em que existe a necessidade de propostas secretas. Não permitir o acesso às informações por nenhuma das partes até o fim do processo garante um procedimento sem interferências externas sobre o resultado final, o que traz mais segurança e confiabilidade para as negociações. Além de proporcionar mais segurança, a tecnologia usada nessa parceria é altamente escalável, permitindo milhares de concorrências concomitantes com um custo operacional muito baixo".
[…] Veja fonte […]