Uma DAO (do inglês Decentralized Autonomous Organization), dedicada a integrar o universo feminino em torno dos desafios da chamada Web 3.0 acaba de ser formada por um grupo de mulheres executivas, com ampla e diversificada experiência em tecnologia, cultura e mercado financeiro, áreas que se complementam e que são a base para ações voltadas ao desenvolvimento do mercado mundial de NFT.
O principal objetivo da EVE é ampliar a participação feminina em todas as pontas deste novo mercado digital, seja como criadoras e produtoras, seja como consumidoras e investidoras em obras NFT. As ações iniciais desenvolvidas incluem desde a criptografia dos mais variados produtos da economia criativa até a organização de leilões em benefício de artistas mulheres, com atividades de educação financeira e tecnológica e contrapartidas sociais.
Assim como várias revoluções ao longo da história, a Web 3.0 chega com o desafio de representatividade. Somente 4% desse universo são ocupados por mulheres, sendo que, em 2021, a taxa de participação feminina no mercado de trabalho foi de 51,56%, o que significa 20% inferior à dos homens, que foi de 71,64% (FGV-IBRE, com base em dados PNAD de 2021 / IBGE). Existe uma diferença entre a contribuição efetiva das mulheres para o cenário econômico e seu eventual protagonismo e liderança nos movimentos. No mercado financeiro, o número de mulheres investidoras na Bolsa de Valores de São Paulo passou a marca de 1 milhão, mas o ritmo do crescimento da participação feminina caiu para 23,2% (B3, março/2022).
A ideia
O Project EVE, nome que é uma referência ao início da existência feminina, surge para empoderar mulheres de todas as idades e classes sociais, no Brasil e em qualquer lugar do planeta, compartilhando conhecimento e experiências em torno da vanguarda tecnológica, principalmente a associada a este novo mercado de produção de bens culturais, e fornecendo informações confiáveis e independentes sobre questões financeiras ligadas à criação e à compra e venda de produtos em NFT. Todas as ações da comunidade, inclusive as de apoio a programas mundiais dedicados ao empoderamento feminino, estão fundamentadas nos conceitos principais da Web 3.0: descentralizar as informações, garantir a mais ampla segurança sem intermediários e com transparência, ampliar o acesso e promover maior atuação e autonomia dos usuários. "Estamos vivenciando transformações poderosas na Internet, migrando da Internet baseada na troca de informações para a Internet baseada na troca do valor", afirma Cintia Ferreira, uma das fundadoras do
Project EVE.
Pilares do projeto: conhecimento aberto, independência financeira e ações sociais A atuação do Project EVE divide-se em três focos principais. O primeiro é o compromisso com a geração e o compartilhamento de conteúdo livre, aberto, fundamentado e de alta qualidade, de modo a contribuir para a formação e a capacitação de mulheres. Sobre isto, a executiva de tecnologia Nina Silva reflete: "A tecnologia deve ser feita por todas e para todas as pessoas, caso contrário, não é funcional e muito menos inovadora".
O segundo ponto de foco do Project EVE é promover a independência financeira de todas as mulheres interessadas em atuar neste mercado, aproximando-as de oportunidades reais e estimulando o seu pleno desenvolvimento e atuação sustentável, seja posicionando adequadamente seus produtos no mercado mundial, seja gerando renda e realizando lucros sobre investimentos. Para a empreendedora Roberta Antunes, "falar de empoderamento feminino precisa passar, obrigatoriamente, pelas questões relativas à independência financeira das mulheres".
Além disso – e principalmente – a comunidade do Project EVE está engajada em ações filantrópicas, com total compromisso em dar suporte a projetos locais e mundiais que colaborem com o combate às desigualdades de gênero e apoiem o amplo desenvolvimento das mulheres nos mais variados setores. "A melhor forma de modificar algo é participando da sua transformação. Reclamar de um problema semfazer nada a respeito não contribui para mudança", afirma a especialista em investimentos Ana Laura Magalhães.
As fundadoras
A ideia surgiu a partir da identificação da necessidade de ampliação da presença e da atuação feminina em mercados pouco ocupados por mulheres. Com este sentimento comum e fortemente unidas em torno do mesmo propósito, surgiu o Project EVE, inicialmente formado por mulheres com habilidades diversas e complementares Ana Laura Magalhães, Cintia Ferreira, Kim Farrell, Nina Silva, Nubia Mota, Paula Lima, Roberta Antunes, Simone Sancho e Samara Costa, que, a cada dia, ganha mais apoio e integrantes.
? Ana Laura Magalhães – Ex sócia do Grupo XP, é especialista em investimentos, Forbes Under 30, co-Founder da Humana.org, iniciativa que busca diminuir desigualdade de gênero no mercado de trabalho, e autora do livro "Invista depois de ler".
? Cintia Ferreira – Formada em Administração e Finanças, professora do MBA da PUC em Blockchain e Cripto ativos, Empreendedora em série, Founder da EVE NFT e co-fundadora da Belong.Be
? Kim Farrell – Regional General Manager (Operations & Marketing), Latin America e Interim Head de US Marketing na TikTok | Forbes Brasil Top 10 CMOs 2022
Lívia Elektra- Fotógrafa renomada, especialista em Fotografia NFT, considerada um dos nomes mais promissores do Brasil na área. Convidada por grandes projetos como World of Women e Vinci Airports para expor.
? Nina Silva – CEO e fundadora do Movimento Black Money e da fintech D´Black Bank, executiva em tecnologia e inovação há mais de 20 anos, considerada pela Forbes uma das 20 mulheres mais poderosas do Brasil e eleita a Mulher Mais Disruptiva do Mundo pelo Global Women In Tech Awards (2021).
Núbia Mota – Head de Marketing de DX Industry Enterprise para América Latina da Adobe, iniciou sua carreira na VTEX tornando-se uma das sócias da companhia.
? Paula Lima – Formada em Direito (Mackenzie) e Publicidade (Faap), a cantora e compositora brasileira Paula Lima é uma das mais respeitadas personalidades de música brasileira, com participação ativa também em televisão e teatro.
? Roberta Antunes- Sócia e Chief of Growth na Hashdex, empreendedora de longa data em tecnologia, co-fundou o site Hotel Urbano em 2011, empresa considerada um dos primeiros unicórnios brasileiros.
Simone Sancho – Co-fundadora e CEO da Belong Be, já atuou como Diretora de Digital da Sephora do Brasil e do Grupo Uni.co, que reúne empresas como a Imaginarium e Puket.
Samara Costa Spinelli – Empreendedora, designer, publicitária, co-fundadora da S-cards onde atua como Diretora Criativa.