Pelo terceiro ano consecutivo, o Google Cloud, juntamente com a IDC Brasil, realizou um estudo que ouviu 120 lideranças de TI no país em empresas de grande porte – desde superintendentes a CTIOs – para analisar o papel desses profissionais e sua importância nas estratégias das empresas. O levantamento mostra que, com o papel das lideranças de TI ganhando cada vez mais importância nas áreas de negócios, 82% desses profissionais se sentem pressionados a implementar ou utilizar novas tecnologias na empresa, e 62% participam ativamente das tomadas de decisões estratégicas de outras áreas.
Luciano Ramos, Country Manager da IDC Brasil, diz que a pesquisa mostra que a percepção do mercado da dissociação entre TI e negócios não é mais uma verdade, pois os executivos de TI cada vez mais estão se aproximando da área de negócios e vice- versa.
Com as lideranças de TI mais próximas de CEOs – algo destacado por 68% dos entrevistados, contra 64% em 2022 –, uma das consequências é que essa pressão para digitalização dos negócios venha principalmente do próprio CEO, segundo 30%. Ao mesmo tempo, o estudo aponta que CEOs são os principais apoiadores das iniciativas de digitalização nas empresas, sendo destacado por 48% dos participantes. Esse contexto ainda desperta sentimentos positivos nos profissionais, e o sentimento de confiança é o que mais ganha relevância em 2023, demonstrando que estão mais adaptados ao novo papel. No estudo deste ano, 68% disseram estar confiantes e 49% se mostraram entusiasmados com o papel da área de TI nas suas empresas, enquanto no ano passado as porcentagens foram de 36% e 38%, respectivamente.
Com o crescimento da necessidade das empresas de avançar na digitalização, os CTIOs estão cada vez mais envolvidos nas tomadas de decisão estratégicas das empresas. Nesse sentido, a nuvem aparece como a tecnologia primordial para conduzir as organizações nessa jornada digital e habilitar a adoção de novas tecnologias, como a IA generativa.
Na busca por novas tecnologias, as soluções que as empresas têm maior urgência em implementar, de acordo com o estudo, são infraestrutura em nuvem (48%), IA e Machine Learning (44%), além de Inteligência Artificial generativa (42%). Segundo 81% das lideranças, o tema da IA Generativa é abordado frequentemente ou sempre em reuniões, mas só 25% já estão desenvolvendo POCs (Provas de Conceito) e testes práticos. Além disso, 78% declararam que as companhias têm baixa maturidade em uso de soluções de IA generativa, devido à falta de capacitação, de recursos financeiros e conhecimento das aplicações.
Já quando se trata de infraestrutura de nuvem, o estudo revelou que ela é adotada por 94% das empresas como parte da infraestrutura de TI, e a expectativa dos entrevistados é de que 52% vão manter e 36% vão aumentar o investimento nessa área de 2023 para 2024. Tal cenário ganha sustentação no fato de que os desafios que devem motivar os investimentos em nuvem pública envolvem, principalmente, aspectos operacionais (37%), financeiros (35%) e de segurança (15%).
"A nuvem pública permanece praticamente onipresente nas organizações e deve manter sua relevância nos investimentos de TI, como mostra o estudo", explica Ramos. "Ao mesmo tempo, sua adoção tem como principais necessidades apoiar as organizações na obtenção de melhores resultados financeiros e eficiência operacional, além da segurança dos dados", completa.