Fusão de empresas brasileiras cria desenvolvedora de software

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Sete empresas brasileiras anunciaram nesta quinta-feira (6/3) a fusão de suas operações, que culminou na criação da Virtus, companhia focada no fornecimento de softwares e serviços para gestão de infra-estrutura de TI. Liderada pela Automatos, empresa de software especializada em gerenciamento de infra-estrutura, e pela Dedalus, prestadora de serviços, a Virtus (que significa virtude em latim) surge com o propósito de competir nesse tipo de serviço com gigantes como CA, HP e IBM.

Para a montagem da operação não foi feito nenhum aporte de capital por parte das empresas, mas apenas a união dos ativos e das carteiras de clientes, segundo informou André Fonseca, sócio da Automatos e que assumiu a presidência da nova companhia. As demais empresas que compõem a Virtus são a Trellis, Intelekto, Biosalc, Visionnaire e Volans, que, juntas, tiveram um faturamento da ordem de R$ 80 milhões no ano passado.

A Virtus nasce com um quadro composto por mais de 800 funcionários e uma carteira de mil clientes, entre os quais Ambev, Bradesco, Itaú, Santander, Vivo, Oi, Carrefour, Nestlé, Embraer e Gol.

A integração, segundo Fonseca, será gradativa e a partir de 2009 haverá um consolidação mais forte em um ?centro de serviços compartilhados?. Ele estima que a redução de custos obtida com a fusão será da ordem de 15% já a partir do ano que vem. ?Mas o viés será completar a oferta e não o de reduzir custos administrativos", ressaltou, acrescentando que, por isso, não deve haver corte de pessoal.

De acordo com Maurício Fernandes, fundador da Dadalus, que assumiu a vice-presidência de serviços da Virtus, a empresa está usando o modelo que foi consagrado por empresas como Ambev e Camargo Corrêa. ?Nossa política é de austeridade nos custos e crescimento constante, tanto na forma orgânica como por meio de aquisições.?

O controle da companhia será pulverizado entre os acionistas das empresas que compõem o novo empreendimento ? nenhum tem participação majoritária ? e os três investidores, que são Intel Capital, Ideiasnet e SPTec. "Não é uma fusão de iguais, de empresas que fazem a mesma coisa. Unimos empresas com produtos e serviços complementares, que não concorrem entre si", salientou Fonseca, ao dizer que o portfólio de software da Virtus adotará as marcas originais das empresas como nomes de linhas de produtos.

O mercado-alvo da Virtus, de acordo com o executivo, é o conjunto de cerca de 17 mil empresas de médio e grande portes usuárias intensivas de tecnologia da informação. Segundo ele, ainda neste ano três novas companhias devem se juntar ao grupo, mas especificamente das áreas de segurança, gestão de infra-estrutura de TV digital e software para gerenciamento de ativos físicos, como cabeamento estruturado. A estratégia, porém, não será a compra de empresas, mas por meio de fusões.

Fonseca não quis estimar quanto será o faturamento da nova companhia neste ano, por achar prematuro e porque o processo completo de integração pode levar até dois anos. Mas disse acreditar que no elevado potencial das vendas cruzadas (cross selling) para a companhia.

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