Papel do departamento de TI é estratégico, dizem operadoras

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Aquela visão da Tecnologia de Informação apenas como uma área de suporte e manutenção dos recursos computacionais e sistemas de comunicação de uma empresa já se tornou, há muito tempo, coisa do passado. E para as operadoras de telecom, então, TI está ganhando, cada vez mais, status de área estratégica, que não apenas desenvolve serviços mas também colabora ativamente na geração de novos negócios de demais departamentos, como o de marketing.
Essa tendência ficou bem clara no Fórum Telecom e TI, promovido pelas revistas TELETIME e TI Inside nesta quarta-feira, 6. Segundo Agenor Leão, diretor de Desenvolvimento de Sistemas da Vivo, a integração das operações da telco, iniciada em 2003 a partir das aquisições de diversas operadoras regionais espalhadas pelo país, só foi possível graças a um bem estruturado projeto de consolidação dos sistemas de TI. O executivo lembra que há sete anos, no início da fusão das telcos regionais, a Vivo possuía seis estruturas diferentes de bilhetagem pré e pós-paga, além de 15 soluções de front-office, seis sistemas de provisionamento e de softwares anti-fraude, três ERPs, duas soluções de interconexão, seis modelos de mediação e oito datacenters. "Esse alto número de processos, sistemas e infraestruturas nos deixava com reduzida capacidade de implantação de políticas corporativas e baixo time-to-market", recorda. Leão lembra que a operadora iniciou seu processo de consolidacação a partir da adoção de uma solução unificada de datawarehouse, da implantação de processos centralizados de ERP e de uma arquitetura convergente de bilhetagem. "Foi o sistema de TI que 'drivou' a consolidação da operação da Vivo", diz.
Em um segundo momento, em 2006, foi a vez de a Vivo migrar seu sistema de CDMA para GSM. Novamente os sistemas de informação foram decisivos para a empresa. "Adotamos um sistema de TI que habilitou essa migração com credibilidade na operação, governança e crescimento sustentável", lembra.
Para Maurício Cascão, da TIM, a área de TI também teve importância fundamental para a operadora. O sucesso dos planos pré-pago e pós-pago Infinity e Liberty estão, segundo ele, diretamente ligados com a evolução dos sistemas. "Não adianta desenvolver um modelo comercial inovador se não houver um endereçamento correto da estrutura de custo. Nossa estratégia comercial demandou uma arquitetura de billing alinhada e nossa área de TI trabalhou em sintonia com o marketing para isso", diz. "Essas áreas têm de trabalhar juntas, desenvolvendo negócios", acrescenta.
O diretor da Vivo concorda e diz que na operadora a área de TI é vista como um setor estratégico, que alavanca negócios. Segundo ele, não é à toa que no ano passado a média de satisfação apurada entre os 800 profissionais de sua equipe foi de 8,2 (sendo 10 a nota máxima). "A equipe de TI não é mais vista como suporte, mas como geradora de negócios", finaliza o executivo, que acrescenta que todos os profissionais são funcionários da Vivo.

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