Você conhece uma empresa que tem um planejamento de crescimento organizacional e tecnológico sério? Poucas empresas conseguem fazer um plano de crescimento rigoroso e, as que conseguem, raramente seguem à risca.
Se o crescimento e a estabilidade do ambiente são tratados com amadorismo, imagine como é tratada a monitoria deste ambiente.
O entendimento da sequência das ações é simples: a área de negócio gera as necessidades com a justificativa de aumentar significativamente os negócios da empresa; todos se mobilizam atabalhoadamente para atender às necessidades da área de negócio o mais rápido possível e, tudo que vem depois é só um reflexo da falta de planejamento.
As empresas que conseguem verdadeiramente monitorar e controlar seu ambiente tem em comum um rígido processo de planejamento e controle que nasce na alta administração e permeia toda corporação. Elas implementam um sistema de monitoria capaz de identificar e reagir a incidentes nas três camadas: infraestrutura, aplicação e negócios, e para cada nova mudança de ambiente, seja para uma mudança ou para o aumento do ambiente, o processo de implantação, contratação e change management funcionam.
O sistema de gerenciamento e monitoração do ambiente não é uma solução apartada e desligada do restante da empresa. Ele faz parte de um processo maior e deverá estar conectado ao service desk. Engana-se quem acredita que irá conseguir ter gestão sobre seu ambiente tecnológico se não consegue ter processos implementados e consolidados.
Ainda existe, em grande quantidade no mercado, empresas que acham que o primeiro passo para implantar os processos de gestão é a implantação de um sistema de gerenciamento de falhas. Isso, com o tempo, se mostra um enorme engano. É absolutamente impossível conseguir os resultados esperados implantando um sistema de gerenciamento de falhas apartados do restante dos processos da empresa.
O primeiro passo para o sucesso é ter processos. O segundo é fazer com que estes processos permeiem toda a corporação, com treinamento e conscientização dos ganhos financeiros e operacionais, a melhora que os processos trazem e, apenas depois da maturidade alcançada, é que se recomenda a implantação de um sistema de gerenciamento de falhas suportados pelos processos organizacionais.
Olhando este roteiro e comparando as empresas, fica fácil identificar quem tem sucesso e quem apenas tem gastos acreditando possuir um sistema de monitoramento de falhas do seu ambiente.
Alberto Parada, co-fundador do Descomplicado Carreiras (Sistema de orientação de carreira), Colunista e Palestrante especializado em carreiras, atua há mais de 25 anos como executivo no mercado de tecnologia em empresas como: Sênior, IBM, Capgemini, Fidelity, Banespa, e mais de 12 anos como Professor Universitário no Lassu-USP FAAP e FIAP. Formação em administração de empresas e análise de sistemas, com especialização em gerenciamento de projetos e mestrando em Gestão de Negócios pela FIA, voluntário no HEFC hospital de retaguarda para portadores de Câncer.