Globalcomm vai para "onde vende": IP e mobilidade

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A Globalcomm 2006, que até o ano passado se chamava Supercomm, não é mais a mesma. O evento, que um dia já foi conhecido como o grande evento da indústria de telefonia fixa dos EUA, está mudando de identidade.

A impressão que fica para quem olha as sessões do congresso é a de que o evento está se posicionando muito mais como um evento de telefonia móvel do que qualquer outra coisa.

Segundo disse Matthew Flanigan, presidente da TIA (associação dos fornecedores de telecomunicações dos EUA, organizadora do evento), o evento mudou para abordar os temas que estão movimentando a indústria, "e onde estão sendo vendidos equipamentos".

Mas ele diz que não apenas a telefonia móvel está contemplada, mas também todo o mundo da convergência IP. De fato, o congresso organizado pela Globalcomm se dedicou, em seu primeiro dia, inteiramente a assuntos de mobilidade (a abertura foi uma palestra da RIM, inventora do BlackBerry, depois um debate sobre conteúdos em redes móveis e por fim uma apresentação da Orange, empresa de telefonia móvel da Europa).

Temas específicos da indústria de telecomunicações ficaram a cargo de eventos paralelos.

Segundo Flanigan, este ano o evento também apostou na internacionalização (daí o nome Globalcomm, em lugar do tradicional Supercomm). Trouxe palestrantes de outros países e se esforçou pra trazer visitantes de fora dos EUA. Destaque para a forte presença de asiáticos.

Feira IP

Na exposição com mais de 700 empresas (das quais mais de 200 prestadoras de serviços e produtos de instalação de rede), fala-se apenas em IMS (IP Multimedia Subsystem), VoIP, IPTV, FTTx e um pouco de xDSL. Um pouco.

Tecnologias como VDSL e variantes praticamente sumiram do mapa. Quem tem para oferecer, mal apresenta para o público. Outro destaque são as plataformas de convergência fixo-móvel, disponíveis em quase todos os grandes fornecedores.

E com o apoio de uma participação expressiva da Intel, a tecnologia WiMax também ganha destaque este ano.

Microsoft

A Microsoft costuma participar de eventos de telecomunicações e TV por assinatura pra reforçar, ano após ano, o conceito representado pela marca Microsoft TV. É sempre uma promessa que não pode ser desconsiderada, mas que tem ficado de fora das maiores aplicações de IPTV do mundo, até aqui.

Na Globalcomm 2006, mais uma vez a Microsoft TV ganhou destaque, com uma diferença: desta vez, a gigante do mundo dos softwares mostrou o MCSF, ou Microsoft Connected Services Framework, uma camada de software que vai por cima do IMS (IP Multimídia Subsystem) e cujo objetivo é integrar não apenas diferentes redes IP (isso quem faz é o IMS) mas também diferentes serviços e manter sessões ativas dos diferentes serviços para um transição entre redes sem sobressaltos.

Não é algo que apenas a Microsoft tenha, mas foi a primeira vez que a empresa de Bill Gates mostrou a sua solução pronta.

A empresa aposta que este será um ponto vital dos sistemas convergentes porque prevê que o grande crescimento da oferta de produtos triple e quad play no futuro virá justamente da com a integração entre redes de banda larga, redes móveis e TV em serviços como identificador de chamada, guias eletrônicos que funcionam em qualquer rede e dispositivo, aplicações de recomendação de programas e eventos, alertas, mensagens instantâneas, enhanced TV e jogos. A conferir.

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