No primeiro semestre, as vendas on-line no Brasil movimentaram R$ 3,8 bilhões, crescimento de 290% frente ao mesmo período de 2005, de acordo com dados apurados pelo Programa de Administração de Varejo da Fundação Instituto de Administração (Provar-Fia), da USP, em parceria com a Felisoni & Associados.
O levantamento revela que, apesar de 78% dos entrevistados utilizarem a internet, menos de 5,8% disseram utilizar esse canal para comprar eletrodomésticos, áudio e vídeo e eletroportáteis. A pesquisa constatou que um dos inibidores do uso da web para a compra de produtos é o hábito da negociação de preços ou de condição de pagamento – possível apenas no varejo tradicional – citado por 85% dos entrevistados.
A lojas especializadas e grandes redes foram citadas pelos consumidores como o canal de compras preferido. Outro aspecto interessante verificado pela pesquisa é que, considerando que as categorias de produtos caracterizam-se por produtos encontrados em diferentes varejistas, 94% dos consumidores afirmaram pesquisar antes de efetuar suas compras.
Um dado importante apontado pelos consumidores é o uso do crediário na realização de compras: 58% dos entrevistados disseram já ter deixado de comprar algum bem por causa da taxa de juros elevada; 44,1% dos consumidores de linha branca afirmaram preferir pagar suas compras com crediário, contra 33,5% de eletroportáteis e 42% de áudio e vídeo que preferem pagar com cartão de crédito.
Na escolha do local de compra, os consumidores destacaram os seguintes atributos: condições de pagamento, prazo de entrega, atendimento, ambiente de loja e preço do produto.
Para o levantamento foram ouvidos 429 consumidores de linha branca, áudio e vídeo e eletroportáteis, da região Sul da cidade de São Paulo, que já tivessem comprado pelo menos um produto dos segmentos relacionados.
Do total entrevistado, 42% enquadram-se nas classes sócio-econômicas B1 e B2; as mulheres foram responsáveis por 53% das respostas; 54% dos participantes possuem idade entre 21 e 40 anos; 58% declararam-se casados; 51% são trabalhadores com emprego formal; e 64% afirmaram ter moradia própria. Outras características da mostra são referentes aos 42% que informaram ser chefe de família, sendo que 37% têm ensino médio completo ou superior incompleto; e aos 70% dos respondentes que têm filhos, sendo que 58% têm dois ou três.