Setor Logístico apresenta baixo índice de produtividade tecnológica

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A Totvs conduziu, em parceria com a H2R Pesquisas Avançadas, um estudo para avaliar o uso e o aproveitamento de sistemas de gestão integrados e tecnologias complementares no mercado brasileiro de Logística. O Índice de Produtividade Tecnológica (IPT) geral do segmento apontou um cenário de baixo aproveitamento, em que as empresas entrevistadas registraram uma média de 0,38 pontos – em uma escala de 0 a 1, o que revela amplo espaço para ampliar a digitalização e evoluir a transformação digital no mercado de Logística.

Ao todo, foram realizadas 740 entrevistas com empresas nacionais e multinacionais, com faturamento igual ou superior de R$5 milhões de junho a setembro de 2021. Entre as companhias ouvidas, 16% correspondem a prestadores de serviços logísticos (empresas cuja atividade principal está atrelada à gestão logística), sendo 9% transportadoras; 6% operadores logísticos; e 1% recinto alfandegado. Os outros 84% se referem a embarcadores (empresas cujo core business está em outra atividade, porém a gestão logística também é essencial), sendo 36% do varejo, 35% de distribuidores, 9% da indústria e 4% do agronegócio.

Quando analisados separadamente, os subsegmentos apresentaram uma grande diferença no resultado do índice de produtividade tecnológica: os prestadores de serviços logísticos obtiveram 0,55 no IPT, enquanto os embarcadores registraram 0,35. Sobre essa conclusão do estudo, Angela Gheller, diretora de Logística da TOTVS, aponta: "É importante o setor como um todo se atentar à sinergia e à cooperação com a qual prestadores e embarcadores atuam, a fim de aumentar a eficiência produtiva do mercado de forma geral e reduzir o custo logístico das operações."

Para a composição do índice, a pesquisa avalia dois indicadores: (1) a internalização desses sistemas, ou seja, o quanto essas soluções são utilizadas, se elas atendem aos objetivos da empresa e se o time está apto a usá-las; e, (2) o ganho de performance que essas soluções proporcionam aos negócios e às operações.

No que diz respeito à internalização do uso de ERPs e sistemas de gestão, o processo é similar entre prestadores de serviços logísticos e embarcadores: ambos afirmam que sistemas e soluções ajudam muito ou totalmente nos objetivos das empresas e que os sistemas e soluções estão muito ou totalmente integrados. A diferença mais específica entre os públicos está no nível de customização dos sistemas, que é maior entre os prestadores de serviços logísticos.

Em relação à percepção do impacto do uso da tecnologia na performance dos negócios, a pesquisa observou que, a partir da adoção de diferentes sistemas de gestão, 88% dos prestadores de serviços logísticos e 83% dos embarcadores garantem que houve ganho de agilidade nos processos internos. Ainda sobre performance, para 84% dos os prestadores de serviços logísticos, o uso de sistemas garantiu conformidade com as normas regulatórias, enquanto para os embarcadores, o índice é de 74%.

Implementação de tecnologias por segmento

Em relação ao uso de sistemas de gestão automatizados de transporte, os prestadores de serviços logísticos fazem alto uso para otimização e roteirização logística (70%) e integração de rastreamento (74%), enquanto os embarcadores apresentam uma proporção menor para os mesmos usos, com 50% e 47%, respectivamente.

A gestão de armazenagem chama a atenção na pesquisa de maneira negativa, já que apenas 53% utilizam dispositivos móveis na operação, somente 45% fazem uso de códigos de barras / RFID / BEACON e 37% possuem integração com hardware. Estas são tecnologias que merecem atenção do setor pela mobilidade e acuracidade que conferem aos processos logísticos, resultando em ainda mais produtividade.

O estudo revelou também as principais ferramentas de tecnologia logística utilizadas pelo mercado brasileiro, destacando a prioridade de cada subsegmento: pelos embarcadores são as tecnologias para coleta e entrega de mercadorias (50%), gestão de armazenagem (46%) e sistema de check list (40%); para os prestadores de serviços logísticos, por sua vez, as principais tecnologias são voltadas para monitoramento de frota (66%), gestão de transporte (TMS) (61%) e gestão de custos logísticos (60%).

Tendência para os próximos dois anos

Com o objetivo de oferecer um olhar para o futuro do setor Logístico, o estudo da TOTVS também fez uma análise sobre como os embarcadores e prestadores de serviços logísticos estão se preparando tecnologicamente para as novas demandas do mercado e quais são as principais tendências de investimento dos players do setor.

Entre os embarcadores, 84% dos entrevistados registraram uma média de 0,27 pontos. As principais tecnologias que eles pretendem investir nos próximos dois anos são soluções em dispositivos móveis (68% – "totalmente e muito"), sistema de assinatura digital (59%) e na digitalização de processos em geral (61%). Os prestadores de serviços, 16% das empresas ouvidas, seguem a mesma tendência. Haverá um alto investimento em digitalização de processos em geral (70%), soluções em dispositivos móveis (67%) e sistemas de assinatura digital (61%).

Para conferir o estudo na íntegra, acesse aqui.

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