Plataforma integrada automatiza serviços de manutenção da AES Sul

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Criar uma plataforma multisserviços que atendesse ao mesmo tempo diversos requisitos técnicos, proporcionasse redução de custos e fosse alinhado ao negócio, foram os desafios enfrentados pela a AES, empresa de energia que atende 118 municípios do Rio Grande do Sul e mais de um 1,2 milhão de unidades consumidoras, que hoje processa 10 mil ordens de serviços diárias e traz uma economia de 30% em Opex para a operadora.

O projeto denominado Gestão Integradas de Serviços foi premiada no ano passado em primeiro lugar entre todos os projetos de inovação, excelência técnica e práticas sustentáveis do grupo AES em todo o mundo, devido às múltiplas vantagens que traz para os processos e qualidade dos serviços prestados.

Gilson Loser, gerente de TI da empresa, explica que a plataforma permite uma eficiente priorização, roteirizarão, distribuição e monitoramento das ordens de manutenção e atendimento de emergência da empresa e melhorias em vários aspectos da operação.

Anteriormente as ordens de serviços das equipes de manutenção eram preenchidas manualmente, trazendo como consequência imprecisões e pouca flexibilidade; e executadas de forma descentralizada com alto custo de conexão, pois eram usados serviços de satélites para comunicação com as equipes de campo.

A AES Sul contratou a Teclógica, empresa de desenvolvimento e serviços com sede em Blumenau, Santa Catarina, que desde o início participou do desenho do projeto, cuja principal vantagem é agregar novos serviços de forma integrada, economizando custos e proporcionando uma visão única para a área gerencial da empresa.

Hoje as equipes de campo contam cm uma solução de Field Management Services, cujas normas de priorização ao atendimento das ordens de serviços seguem as regras de negócios estabelecidas pela empresa. Utiliza PDAs com Windows com atributos de georeferenciamento, navegação e fotografia, que conectados via GPRS, fazem a atualização instantânea das informações e recebem instruções de novas prioridades de forma automática. O satélite hoje é utilizado em condições especiais ou em localidades remotas, onde não haja conectividade da operadora móvel.

"Mais de 85% das ordens de serviços são executadas através da solução móvel, trazendo uma economia que por si só pagou o custo de desenvolvimento do sistema. Estamos trabalhando agora para automatizar 10% das ordens de despachos emergências, que ainda são feitas manualmente'', explica Loser.

Outras vantagens que o projeto proporcionou foram a redução em 25% no trabalho de corte e religação de energia elétrica e também na racionalização das equipes de manutenção de campo, que diminuiu de 78 para 66 equipes, entre profissionais próprios e terceirizados, que hoje somam 600 pessoas.   

Mais não só houve redução das equipes de manutenção. O sistema trouxe também maior produtividade durante a evolução do projeto: em janeiro de 2010 uma equipe atendia 3,5 ordens de serviços ao dia; em janeiro de 2011, subiu para 4,2 ordens; em janeiro de 2012, foi para 5,5 ordens; e janeiro de 2013 uma equipe atende 6,5 ordens de serviços ao dia.

Na busca da eficiência a AES Sul também está iniciando um projeto, com uso de tablets especiais equipados com um software de GIS (Sistema de Informação Geográfica), pelo qual as equipes de engenharia poderão desenhar e especificar um projeto de rede diretamente no tablet, trazendo mais agilidade e assertividade nos processos.

No aspecto de recursos humanos da área de TI, a equipe interna da AES é bastante enxuta, composta apenas de três profissionais, somado a igual número na área operacional.

Apesar de não revelar números, Loser enfatiza que centralização, aumento da produtividade das equipes, automatização dos processos e sinergia com outros serviços que a Plataforma de Gestão Integrada proporcionou aos trabalhos de manutenção das AES Sul trouxeram também economia considerável em termos de recursos financeiros.

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