Com mais de R$100 bilhões em operações de crédito somente no último ano, atendendo em território nacional, a IDtrust oferece uma solução end-to-end personalizada para empresas de grande porte
A história da iDtrust começou em 2012, quando a equipe fundadora criou a primeira plataforma de duplicata digital no Brasil, um marco no processo de digitalização de títulos de crédito. "Foi uma revolução no mercado de duplicatas, pois até então os empresários tinham que assinar milhares de duplicatas manualmente. Criamos uma solução que permitia assinar em lote e digitalizar todo o processo, algo que parecia impossível na época", explicou Junior Santos, CEO da iDtrust,
Essa inovação levou à criação de um modelo que possibilitou a negociação eletrônica de títulos de crédito, uma prática que até então não existia no Brasil. O conceito de "lastro digital" foi pioneiro, e a plataforma da empresa passou a ser um referencial para a indústria, especialmente com a criação de padrões, que hoje são usados por instituições financeiras em todo o país.
A IDtrust rapidamente expandiu suas operações para atender gigantes como Nubank, Petrobras, Mercado Livre, Banco Neon, e muitos outros. Em 2015, a empresa se tornou a base tecnológica do Nubank para emitir títulos de crédito digitais e viabilizar operações no mercado de capitais. "Foi um momento marcante, pois o Nubank era uma fintech em estágio inicial e precisávamos transformar os recebíveis do cartão de crédito em títulos digitais para garantir a liquidez necessária para seu crescimento", contou Junior.
Em 2018, a iDtrust conquistou um feito significativo ao ganhar a concorrência da Petrobras para substituir o portal Progredir, o maior programa de registro sacado no mercado brasileiro. Além disso, em 2019, a empresa passou a integrar um grupo maior ao ser adquirida pela holding Captalys, mas enfrentou desafios na adaptação ao novo modelo.
A pandemia de 2020 trouxe uma reviravolta para a empresa. O modelo de negócios que havia sido estruturado antes da crise global não se adequava mais às novas demandas e à necessidade de digitalização acelerada. "Foi um período difícil, mas também um momento de grande aprendizado. Tínhamos que reestruturar tudo", relatou Junior.
Em 2022, a iDtrust retornou à sua independência, com Junior Santos reassumindo a liderança. Desde então, a empresa vem apostando em uma nova abordagem: a plataforma de microserviços, que oferece soluções personalizadas para cada cliente, com foco na adaptação de processos financeiros às necessidades específicas de grandes empresas.
Inovação em recebíveis
Hoje, a iDtrust é responsável por processar mais de R$ 15 bilhões por mês em transações de títulos de crédito. "O que nos diferencia no mercado é a nossa capacidade de oferecer soluções personalizadas para grandes empresas. Em vez de oferecer um produto genérico, nós entendemos as especificidades de cada cliente e construímos uma solução sob medida", explicou Junior.
"Com uma equipe enxuta, de cerca de 70 funcionários, a iDtrust consegue operar com eficiência, fornecendo soluções altamente customizadas sem perder a escalabilidade. Isso é possível graças à sua plataforma de microserviços, que permite a personalização de cada operação enquanto mantém a eficiência no processamento de grandes volumes de transações"
Além disso, a empresa também está explorando novas fronteiras, como a tokenização de recebíveis e o uso de blockchain. Junior revelou que a iDtrust já está integrada com plataformas de tokenização, e que a empresa está em fase de testes com o Drex, a nova moeda digital do Banco Central. "A tokenização e o blockchain têm um grande potencial para transformar a maneira como as empresas brasileiras acessam e distribuem seus recebíveis. Estamos acompanhando de perto essas inovações", afirmou.
Junior afirmou que a empresa continuará a focar no crescimento sustentável, sempre com uma abordagem personalizada. "O mercado está amadurecendo, e vemos um grande potencial na tokenização de recebíveis. Estamos prontos para explorar novas soluções e expandir nossos horizontes, mas sempre mantendo a qualidade e a personalização que nos trouxeram até aqui", explica.
Santos acredita firmemente que a tendência da tokenização de ativos, especialmente com o avanço da regulação pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e pelo Banco Central, é um movimento que pode mudar o panorama econômico. "A regulamentação de ativos tokenizados, conforme a normativa CVM-588, possibilitará que empresas tenham acesso a fontes de capital mais competitivas e diversas, algo que antes parecia impensável".
"Hoje, ainda não é uma realidade consolidada, mas a tokenização de ativos, especialmente no contexto regulado, é uma tendência que vai permitir que as empresas acessem novos tipos de capital de forma mais eficiente. O médio e longo prazo, isso terá um impacto profundo na economia real. Acredito que estamos nos preparando para essa revolução", afirma Santos.
Inteligência Artificial e Blockchain
Para o CEO da iDtrust, a inteligência artificial é uma das tecnologias exponenciais com maior potencial de transformação, mas seu uso deve ser aplicado de forma estratégica. A empresa tem utilizado IA para fornecer previsibilidade e segurança nas decisões empresariais, como o exemplo do projeto de forecasting para a Petrobras. "Estamos entregando uma solução para a Petrobras, que prevê quando um fornecedor poderá deixar de pagar seu financiamento, o que permite à empresa se antecipar e evitar impactos financeiros inesperados", explica Santos.
Além disso, o blockchain surge como uma ferramenta essencial para a segurança e eficiência das operações de tokenização de ativos. Santos acredita que, ao integrar essas tecnologias, é possível criar um ambiente financeiro mais robusto e confiável, especialmente com as mudanças que estão por vir com a implementação do DREX, a moeda digital do Banco Central, e outras regulamentações sobre ativos tokenizados.
A iDtrust tem se preparado para atender as mudanças do mercado, criando uma plataforma flexível que combina diferentes tecnologias, como blockchain, inteligência artificial e tokenização. A ideia é permitir que seus clientes operem em ambos os mundos – Web 2.0 e Web 3.0 – com a possibilidade de escolher o melhor ambiente para realizar seus negócios.
"Queremos que nossos clientes possam navegar entre os dois mundos, o tradicional e o tokenizado. A plataforma que estamos criando possibilita que, ao mesmo tempo, um cliente consiga avaliar onde está a melhor oferta de funding, seja em um banco tradicional ou em um ativo tokenizado. Isso é uma vantagem competitiva clara", destaca.
Internacionalização
Com essa base sólida no Brasil, a iDtrust agora tem o olhar voltado para a internacionalização. A empresa já atende grandes clientes na América Latina e nos Estados Unidos e está trabalhando para expandir suas operações além das fronteiras brasileiras.
"O nosso grande desafio para este ano é internacionalizar nossa plataforma. Temos grandes clientes fora do Brasil, e estamos prontos para levar nossa solução para outros mercados e continuar ajudando empresas ao redor do mundo a se prepararem para as transformações digitais que estão por vir", conclui Santos.