Base de dados do SUS completa primeira fase de consistência do cadastro

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Até o fim deste mês, deve estar pronta a "higienização" da base de dados do cadastro único do SUS, o Cadsus, com informações sobre o registro de cerca de 20 milhões de pessoas do estado de São Paulo. A informação é de Augusto Cesar Gadelha Vieira, diretor do Departamento de Informática do SUS – Sistema Único de Saúde do Ministério da Saúde, que proferiu a palestra "Melhorando a interação entre cidadãos e o SUS'', nesta quinta-feira, 7, no Symposium Gartner, em São Paulo. Ele acrescentou que, após essa fase, será a vez do Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Florianópolis, nessa ordem.

A higienização foi realizada com o uso da solução da empresa Informatica, com uso de ferramentas de data matching, ETL (extrusão, transformação e carregamento de dados), entre outras, tendo como base um sistema desenvolvido em SOA (sistema orientado a serviços), que facilitará a integração com outros sistemas e trará o beneficio de garantir consistência de dados entre eles, um dos principais problemas enfrentados pelo SUS ao trabalhar com base de dados de diversas procedências, formatos e conteúdos, um legado histórico da área de saúde.

Segundo Wilson Moraes Coelho, consultor da área de Análise e Administração Estratégica de Dados do Departamento de Informática do SUS, a base dados anterior contava com 250 milhões de pessoas e 300 milhões de cartões do SUS, volume que foi reduzido para 186 milhões de pessoas e 53 milhões de cartões, devido ao uso de soluções de deduplicação dos cadastros, que agora contam com algoritmo interno de identificação, que só pode ser usado pelo pessoal autorizado da rede de saúde, que agora é inserido no momento de criação do cadastro e o acompanhará enquanto existir, sem que possa ser desconectado do sistema.

Ele explicou ainda que no cadastro foi aplicada uma solução para garantir a confidencialidade dos dados da pessoa, uma espécie de "hashcode" que faz uma "desentificação" dos dados privados. "Dessa forma eles podem ser usados para estudos de pesquisadores da academia e no estabelecimento de políticas públicas, sem que haja vazamento de dados sigilosos", diz o consultor.

"As informações completas do Cadsus só podem ser revelados se for solicitado pela própria pessoa, por ordem judicial ou em casos de calamidade pública", enfatiza Vieira, acrescentando que a privacidade e uma questão sensível que existe um projeto no Ministério da Justiça para tratar da questão.

2 COMENTÁRIOS

  1. E o dinheiro do povo indo embora com o mal trabalho dos gestores públicos. Trabalho de data quality, em sua maioria, e aqui não vai fugir a isso, é necessário porque o operador não digitou os dados corretamente e o sistema tão pouco criticou. Ou seja, base inconsistente é uma consequência mais do que óbvia que agora tem que ser paga para ser consertada.
    Mas uma coisa me encabulou na matéria: desde quando hashcode garante confidencialidade de informação?

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