Entre os países da América Latina, o Brasil é aquele cuja população tem mais condições de comprar um computador, de acordo com levantamento feito pela Marco Consultoria. Cálculos da empresa mostram que o brasileiro precisa de 1,37 salário para comprar um desktop e de 1,81 salário para adquirir um notebook, enquanto os argentinos, que apresentaram o pior índice da região, precisam de 2,16 salários para obter um desktop e 2,75 salários para conseguir um laptop.
Dados do último relatório, divulgado em maio do ano passado, mostram que o Brasil melhorou mais do que a média da região. Aquela pesquisa revelou que a população precisava de 1,91 salário para comprar um PC, ao passo que em 2007, ano da primeira edição, precisava de 3,5 salários.
O país que mais se manteve equilibrado foi o Chile, com média de 1,55 salário para a compra de um desktop e 2 salários para adquirir um notebook. A Argentina, por seu lado, sempre teve os maiores índices comparativos – em 2007 a população precisava de 5 salários para comprar um desktop e em maio do ano passado, de 3,6 salários.
O diretor de mercado e inteligência de negócio da Marco Consultoria, Henrique de Campos Junior, explica, no entanto, que os números não significam que os equipamentos sejam mais baratos no Brasil. Segundo ele, questões tributárias do país elevam o preço dos PCs e nos deixam na categoria dos mais caros, mas o salário médio do brasileiro, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) em R$ 1.350,33, é também o mais alto, proporcionalmente.
Campos Junior acredita que os números da pesquisa refletem o aumento do poder de compra do povo brasileiro durante a última década e a valorização da moeda nacional frente o dólar. Ele aponta dados do IBGE de que o poder aquisitivo no país subiu 15% nos últimos sete anos, o que significa que o país se desenvolveu de maneira muito mais sólida que os demais da América Latina. "Não é que os computadores aqui são baratos, mas sim que temos mais condições de comprá-los", explica.
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