A Marítima Seguros já conseguiu economizar quase R$ 6 milhões com o outsourcing do seu datacenter, transferido para a Gedas, prestadora de serviços incorporada recentemente pela T-Systems, do grupo Deutche Telekom. A redução de custos motivou a seguradora a terceirizar outros serviços e hoje a maioria é realizada fora da companhia.
O contrato de outsourcing com a Gedas, antigo braço de TI da Volkswagen, foi firmado em novembro de 2003. A meta de redução de custos em três anos era de R$ 7 milhões e, segundo Érico Yamamoto, superintendente de TI da Marítima Seguros, os objetivos serão atingidos antes do prazo estipulado, que é novembro de 2006.
O executivo destaca que o outsorucing do datacenter não visava apenas redução de custos. A escolha do prestador de serviços foi realizada com ajuda da consultoria Deloitte e, na época, a seguradora tinha outros objetivos.
Um deles era garantir a segurança das suas operações. A matriz da Marítima Seguros, que abrigava o mainframe, está localizada no centro de São Paulo em um prédio antigo, colado com outros edifícios e um acidente poderia tirar a empresa do ar.
A seguradora também queria aumentar a performance de seu processamento e liberar o staff de tecnologia para desenvolver projetos alinhados com os negócios da companhia.
Na época, a seguradora transferiu para Gedas o mainframe e o processamento de 60 servidores que conectavam aproximadamente 1,1 mil estações de trabalho. Depois, foi a vez da produção e suporte técnico.
Além desses serviços, a seguradora terceirizou o help desk com a Ayst Sudamérica, o gerenciamento da rede WAN, com 90 pontos, para a Telefônica Empresas e a impressão de documentos com a Lexmark. O outsourcing de impressão começou em outubro do ano passado com instalação de equipamentos nas filiais para digitalização de documentos.
O projeto faz parte dos planos da companhia para digitalização de apólices e comunicados de sinistros nas filiais. Com o processo, a matriz não precisará esperar o malote dos papéis físicos para dar entrada aos processos. Yamamoto diz que a Marítima, que hoje se destaca no mercado por ser a que tem a indenização mais rápida, com liberação do pagamento em cinco dias, ganhará mais velocidade nas operações.
O executivo explica que o projeto conduzido pela Lexmark exigiu uma aplicação sob medida para fazer com que os documentos digitalizados chegassem aos departamentos certos.
Próximos passos
A Marítima terceiriza ainda parte do desenvolvimento de software e tem planos para ampliar o outsosurcing de telecomunicações. Yamamoto informa que a empresa também quer expandir a implantação de VoIP (voz sobre IP) com a contratação dos serviços de PABX.
De acordo com o executivo, o plano da companhia é cada vez mais se focar no negócio. Um dos poucos serviços que a empresa ainda mantém dentro de casa é o de gerenciamento de documentos eletrônicos que, segundo Yamamoto, é estratégico para o negócio e ainda não justifica o respasse para terceiros.
A Marítima Seguros está entre as 10 maiores seguradores do mercado, conta com 86 filiais espalhadas pelas regiões Sul e Sudeste e tem uma carteira de cerca de 800 mil segurados.