Mesmo acusado, CEO do Google diz que não deixará cargo na Apple

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Apesar da acusação de ter violado a lei antitruste por ter assento no conselho de administração da Apple e ao mesmo tempo ocupar o cargo de CEO no Google, Eric Schmidt declarou que não tem planos de deixar a posição no board da Apple, de acordo com o The Wall Street Journal.
A declaração foi dada em entrevista coletiva antes da reunião anual de acionaistas do Google. Schmidt disse que não pretende deixar a Apple e que não acredita que o Google veja a empresa de Steve Jobs como concorrente.
A reunião com os acionistas foi marcada por causa de duas acusações de violação da lei antitruste americana por parte do Google. A primeira delas, feita pelo Departamento de Comércio dos Estados Unidos, afirma que fato de o CEO da gigante de buscas ter assento no conselho de administração da empresa de Steve Jobs configura-se como uma prática anticompetitiva. Já a outra acusação, feita pelo Departamento de Justiça americano, discute o acordo feito com autores e distribuidores de livros sobre a digitalização de obras. As acusações foram feitas depois que Schmidt passou a assumir o papel de conselheiro no time de transição do presidente Barak Obama.
Kent Walker, do conselho geral do Google, confirmou conversas da empresa com o Departamento de Comércio dos EUA sobre os cargos, mas preferiu não se aprofundar no assunto. Ele informou ao jornal americano que a lei antitruste deixa bem claro que há um "porto seguro" para empresas que não têm rendimentos sobrepostos.
Quanto ao projeto de livros do Google, David Drummond, diretor jurídico da empresa, analisa que a acusação foi feita porque o acordo sacramentado com algumas editoras e autores dá ao Google licenças de copyright sobre os milhões de obras digitalizadas. Drummond crê que qualquer um que quisesse digitalizar livros pensaria numa saída como essa.
Aos acionistas, Schmidt declarou que a economia continua "difícil", mas que a empresa continuará buscando meios de aumentar sua rentabilidade por meio de publicidade atrelada a buscas, displays (banners, entre outros) e também pelo mercado de celulares.

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