Em seu esforço para tentar se livrar da investigação antitruste na Europa, onde está sendo acusada de prejudicar a concorrência no segmento de navegadores de internet por integrar seu navegador Internet Explorer ao sistema operacional Windows, a Microsoft pode ter reduzido sua verdadeira taxa de participação no mercado de browser, segundo o jornal britânico Financial Times.
Em sua defesa, a gigante de software declara que sua participação no mercado europeu de navegadores caiu de 85% para 55% nos últimos quatro anos e que seus concorrentes 'roubaram' grande parte de sua participação no setor, por isso alega que a competição agora estaria justa.
O Comitê Europeu para Sistemas de Interoperabilidade (ECIS, na sigla em inglês), liderado pela IBM, Nokia e Oracle, declarou na sexta-feira, 5, que entregou uma resposta formal na Comissão Europeia contra a defesa apresentada pela Microsoft. No documento, o grupo diz que a forma como a participação no mercado foi calculada pela empresa não revela os números reais, já que são levados em conta apenas os usuários mais experientes, que naturalmente procuram outros serviços para melhorar o seu uso da internet.
A reposta apresentada pelo ECIS ainda diz que, por mais que os números apresentados pela Microsoft estejam corretos, a forma como ela coloca seu navegador à disposição é ilegal, pois dificulta o acesso das pessoas a outros programas. O grupo propõe que seja feita uma votação para decidir se a Microsoft deve ou não oferecer o Windows com mais opções de navegadores para seus usuários.
Thomas Vinje, porta-voz do grupo ECIS, declarou que a intenção do processo não é impedir que as pessoas usem o browser da Microsoft, mas que não lhes seja negada a possibilidade de escolher entre os diferentes serviços disponíveis no mercado.
- Disputa judicial