O que é necessário avaliar antes de efetuar a migração para a nuvem?

0

No setor de Tecnologia da Informação (TI), a arquitetura de sistemas cloud (em nuvem) trouxe mais escala, flexibilidade e inovação. Ela continua sendo um importante fator de aceleração para a transformação digital, englobando desde inteligência artificial até analytics e IoT (Internet das Coisas), gerando novas possibilidades de negócio e flexibilizando a cadeia de valor.  

De acordo com a 6ª Pesquisa Anual de Uso da Nuvem (Annual Cloud Survey) realizada pela Denodo com organizações de diversas regiões do mundo, a adoção da computação em nuvem continua em rápida ascensão, com mais da metade (54%) dos participantes declarando que estão em um nível intermediário ou avançado de uso do recurso.  

Para uma jornada inteligente de migração nas empresas e organizações, é necessário evoluir a estrutura de forma constante, inclusive personalizando os processos da operação. Esta jornada visa desde a construção completa de infraestrutura, migração de aplicativos de negócios como software ERP até a governança da operação e automação de processos por meio do FinOps – um modelo operacional que combina sistemas e práticas a fim de proporcionar a percepção de algo bastante fundamental: os custos dos serviços em nuvem.  

Os sistemas de cloud têm várias camadas que oferecem personalização e flexibilidade, de modo que as necessidades organizacionais sejam atendidas. Afinal, que empresa não quer otimizar a operação e agilizar a transformação digital? Por meio de uma profunda avaliação das necessidades e recursos e da organização de cada camada envolvida, chega-se à otimização dos processos, redução de custos e garantia de um maior controle.  

Riscos de não migrar  

Existem organizações que ainda optam por um ambiente on premise, com servidores alocados internamente. Este é um ambiente que exige um bom espaço físico para dispor as tecnologias necessárias, e uma infraestrutura de TI atualizada para rodar os sistemas e manter os dados próprios. Composta por equipamentos de hardware com garantia média de cinco anos, esses precisam ser constantemente renovados para não tornar o sistema obsoleto e vulnerável a ataques. Além disso, ambientes on premise exigem climatização, nobreaks, disponibilidade de geradores de energia, implementação de licenças aos usuários, segurança física e segurança técnica contra incêndio e invasão por hacker, por exemplo, entre outras necessidades que tornam o departamento de TI dispendioso.  

Riscos de uma migração mal feita   

Para obter sucesso, inclusive em termos de controlar os custos com a TI, é necessário seguir os passos para uma migração "limpa". Existe a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), que prevê a obrigação legal para o tratamento de dados e multa em caso de vazamento de informações. A nuvem se torna uma forte aliada para as empresas que que buscam por uma opção mais flexível, com redução de custos e um padrão com camadas de segurança além daquelas que uma infraestrutura interna é capaz de oferecer.  

Apesar de existirem diversos motivos para efetuar a migração o quanto antes, há fatores que precisam ser considerados para uma migração bem-sucedida. É preciso avaliar questões-chave como gerenciamento de custos, gerenciamento e otimização de nuvem, nuvem híbrida, possíveis erros na arquitetura (qual o melhor formato?), armazenamento, mapeamento dos servidores, segurança em nuvem e necessidade de suporte.   

Descentralização do consumo de recursos  

Para ser conduzida de forma estratégica, a migração para a nuvem, além da TI a empresa precisa contar com a participação das suas demais áreas na gestão dos dados armazenados e no compartilhamento dos custos.  

Isso porque a área de TI é conhecida como uma área de alto custo para as empresas, principalmente por assumir os gastos de serviços e infraestrutura utilizados pelos demais setores. Realizar o tagueamento dos dados permite verificar os custos de cada área, evitando assim desperdícios de consumo e contribuindo para uma gestão eficiente dos dados.  

Desta forma, além da empresa ter um ROI (retorno sobre o investimento) mais assertivo em cada área, a estratégia permite que os custos não fiquem todos com a TI, e ela passe a apresentar números de redução com a implementação da migração para a nuvem, entre outras soluções propostas pela área.  

Em resumo, não deve haver falhas de planejamento e principalmente de alinhamento com todas as áreas do negócio antes de migrar para a nuvem, para que tudo seja feito de forma alinhada aos objetivos do negócio.  

Gerenciamento de riscos  

É preciso lembrar que culturas empresariais reativas podem gerar milhões em perdas. Quando o assunto é cibersegurança, uma especial atenção à segurança em nuvem deve ser dada desde o início do projeto de migração. Neste quesito, alguns pontos fundamentais são gestão de acessos, compliance, criptografia, entre outros métodos importantes para garantir a segurança. Para estar à frente de usuários mal-intencionados é preciso saber operar em caso de ataque, garantindo ações emergenciais que protejam e garantam a segurança dos dados.  

Vale destacar que o plano de migração para a nuvem deve estar diretamente relacionado a uma mudança de mentalidade dentro da empresa e treinamentos internos para que as mudanças sejam entendidas e viabilizadas. Entre os benefícios que a migração bem feita pode proporcionar estão redução de custos; pagamentos conforme uso; transformação digital; ambiente para inovação; governança em tempo real; maior flexibilidade e maior segurança. 

Walter Ezequiel Troncoso, CEO da Inove Solutions.  

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.