A Gemalto, fornecedora holandesa de soluções de segurança digital e SIMCards, assinou acordo para adquirir a SafeNet, fabricante de software de proteção de dados pertencente ao fundo de private equity Vector Capital, por US$ 890 milhões, segundo comunicado emitido pela empresa nesta sexta-feira, 8. Compra será financiada com dinheiro disponível em caixa e títulos de dívida da Gemalto. A previsão é que o negócio seja concluído no quarto trimestre deste ano.
Com sede em Belcamp (ex-Riverside), no estado de Maryland (EUA), a SafeNet tem previsão de receita de US$ 370 milhões e lucro operacional de US$ 51 milhões neste ano. Como resultado da rentabilidade prevista, expansão e sinergias da empresa adquirida, a Gemalto espera superar sua meta de lucro operacional para 2017, de 600 milhões de euros, em cerca de 10%.
Atualmente, com subsidiárias em 27 países, inclusive no Brasil, a SafeNet diz que sua tecnologia protege mais de 80% das transferências de recursos intrabancários no mundo e seus mais de 1, 5 mil funcionários, incluindo 550 engenheiros de criptografia, atendem mais de 25 mil clientes, tanto corporativos quanto órgãos governamentais, em mais de 100 países. Entre seus clientes estão o Bank of America, Starbucks, Netflix, Banamex, Cisco, Dell, HP, Kaiser Permanente e muitas outras empresas de renome no mundo.
"A oportunidade de adquirir a SafeNet vem no momento certo do plano de desenvolvimento plurianual (2014-2017) e há um ajuste perfeito entre a segurança da Gemalto e da SafeNet, o que permitirá acelerar ainda mais a implementação de soluções de segurança forte, expandir as tecnologias e as oportunidades de crescimento em proteção do acesso online. Resumindo, vai reforçar a nossa liderança mundial em segurança digital", disse Olivier Piou, CEO da Gemalto, em comunicado.
Conforme adiantou o CEO, a Gemalto pretende realizar outras aquisições neste ano. Em maio, a companhia adquiriu duas unidades da Cardiff Holdings, empresa especializada na personalização de cartões de pagamento para as instituições financeiras. "Há muitas empresas interessantes que podem acelerar o nosso crescimento, mas estamos muito pacientes e não vamos comprar empresas a qualquer custo", disse Piou.