Momento atual é mais propício para projetos de m-banking, dizem especialistas

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Se há algum tempo o mobile banking, serviço de consulta de saldos e transferências entre contas pelo celular, esbarrava na falta de entendimento entre operadoras e bancos sobre um modelo de negócio apropriado que beneficasse a todos, o cenário atual é completamente diferente: cada vez mais as teles e as instituições financeiras estão buscando parcerias e acordos, o que tem viabilizado algumas formas de serviços financeiros móveis.
Esta nova realidade do m-banking foi apontada por especialistas que participaram do 3º Forum Mobile+, evento promovido pelas revistas TI INSIDE e TELETIME, e organizado pela Converge Comunicações, que acontece até esta quinta-feira, 9, em São Paulo.
Segundo Carlos Alberto Luz Roseiro, gerente de projetos de m-banking da Vivo, o ambiente de mercado atual é totalmente distinto daquele verificado há alguns anos. Hoje, diz o executivo, as conversas entre as operadoras e os bancos são muito mais produtivas e mais fáceis. "A questão da desconfiança dos bancos foi superada. A dinâmica se alterou de uma desconfiança para uma oportunidade de negócio", afirma.
Roberto Rittes, presidente da Oi Paggo, conta que há cerca de uns três anos as instituições financeiras não acreditavam tanto no sucesso das soluções de celulares para serviços financeiros e faziam propostas de acordos nada interessantes para as operadoras. "Agora o cenário foi totalmente alterado e as propostas são muito mais generosas, podendo resultar em parcerias interessantes. A parceria entre bancos, empresas de cartões e operadoras são importantes para gerar massa crítica e aumentar a chance de sucesso dos serviços", observa o executivo.
A Vivo, por exemplo, é parceira da Redecard, Mastercard e do Itaú em um projeto piloto de mobile payment que será realizado em uma cidade de médio porte do estado de São Paulo, no qual o celular será utilizado como terminal de ponto de venda (PoS, na sigla em inglês). O nome da cidade não foi divulgado, mas o gerente de m-banking da Vivo diz que os clientes da operadora interessados em usar o serviço terão de trocar o SIM card dos seus celulares por um já adaptado ao produto, além de cadastrarem a linha no serviço. "Com isso o cliente faz a associação do cartão ao celular para realizar compras nos estabelecimentos cadastrados", explica ele, frisando que poderão ser utilizados tanto cartões de crédito quanto de débito.
O lançamento do projeto ocorrerá ainda neste ano e a estimativa é que seja expandido nacionalmente no início de 2011. O credenciamento dos estabelecimentos que utilizarão o serviço começará em breve, mas alguns locais já cadastrados na rede da Redecard devem a ser incluídos na lista. "O objetivo do projeto é ser uma rede de pagamentos complementar à do PoS, com custos inferiores para os estabelecimentos. Ele se adequa a locais que ainda não aceitam pagamentos via cartões devido ao custo dos terminais PoS e para aqueles que querem proporcionar o pagamento eletrônico nas compras feitas por delivery", argumento Roseiro.
Já a Oi Paggo parte para outro foco. A companhia de pagamentos móveis começou um projeto piloto interno de pagamento via celular sem contato com a tecnologia de Near Field Communication (NFC), em parceria com a Gemalto. A iniciativa consiste na inclusão dentro dos celulares de um SIM card, fornecido pela Gemalto, que já fornece a tecnologia de NFC. O serviço será oferecido aos clientes da Oi Paggo a partir outubro em algumas cidades do Nordeste. "Até o fim do ano, a meta é de levar essa tecnologia para transportes públicos", revela Rittes, citando como exemplo a já usada em São Paulo com o Bilhete Único.

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