O uso de voz para controlar aparelhos eletrônicos é algo que já faz parte da rotina de muitas pessoas e, com a popularização da inteligência artificial, cada vez mais empresas de diversos segmentos têm apostado e lançado produtos/serviços com assistentes inteligentes. Mas como os brasileiros se envolvem com a tecnologia – e o que mudou com a pandemia da Covid-19?
Segundo pesquisa inédita realizada pela Ilumeo, consultoria especializada em Data Science, com 1.100 participantes, as assistentes virtuais por voz consolidaram seu lugar. Quase metade dos respondentes (48%) já utiliza a tecnologia ao menos uma vez na semana, sendo que aproximadamente 1 em cada 5 usa diariamente. Para 63%, se tornou comum ver outra pessoa controlando algum aparelho por meio da voz.
Com a pandemia e o distanciamento social, houve também uma aceleração em seu uso. Entre os participantes, 47% afirmaram utilizar mais aparelhos eletrônicos controlados pela tecnologia durante o isolamento, e 54% têm visto mais valor na funcionalidade. O aumento do uso de assistentes virtuais por voz é uma tendência que continuará no curto prazo: dois a cada três respondentes gostariam de usar mais aparelhos com a inteligência artificial nos próximos seis meses.
As pessoas também pretendem trocar seus aparelhos eletrônicos durante o próximo ano. Junto aos smartphones, as TVs inteligentes aparecem como o próximo aparelho do movimento de adesão aos assistentes virtuais, com 58% e 54% das respostas, respectivamente. Em terceiro ficaram os smartwatches (37%), na frente de aparelhos como computadores (31%) e Smart Speakers (27%).
Em relação aos comandos mais utilizados, 87% dos participantes relatam utilizar a voz para procurar informações em um buscador, enquanto 82% usam para tirar dúvidas. No entanto, outros comandos, como transformar fala em texto e realizar operações bancárias também são lembradas por 52% e 18% dos participantes, respectivamente.
A automação de atividades rotineiras da casa também parece ter altíssima afinidade com a tecnologia, com 76% dos respondentes afirmando que os aparelhos de TV são o que mais querem controlar com a voz. Para 71%, o que mais querem é utilizar aplicativos de transporte.
Para 84% dos participantes, usar assistentes virtuais por voz é mais prático do que digitar. Já para 76%, a principal motivação é poder realizar outras tarefas simultaneamente. Os principais lugares em que a tecnologia é utilizada são: na cama, para 52% dos respondentes, assistindo TV (48%), trabalhando (45%) e dirigindo (43%). Para 2 a cada 3, usar assistente de voz é algo que combina com seu estilo de vida.
Em diferentes momentos da pesquisa, pouco mais da metade dos participantes declararam sentir algum incômodo ou desconfiança de assistentes por voz em relação à privacidade dos seus dados e conversas. No entanto, apenas 22% encaram isso como uma barreira para o uso. Para 43%, aparelhos com a tecnologia são muito caros, enquanto para 33%, o principal impedimento para o uso é o fato da assistente por voz não entender com precisão o que é pedido.
Marcas e assistes virtuais por voz
A pesquisa também identificou que as pessoas enxergam mais valor em uma marca que tenha a tecnologia – 70% dos participantes afirmaram perceber mais força nessas empresas. Para 68%, é mais inteligente comprar uma marca que oferece assistente virtual por voz.
Quando questionados abertamente sobre as marcas associadas à funcionalidade, as principais menções foram ao Google (72%) e à Apple (45%). No entanto, o Bradesco e a Vivo, que não só criaram, mas também lançaram seus próprios assistentes com fortes campanhas publicitárias, também foram lembrados por 6% e 3% dos participantes, respectivamente.
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