IA Generativa no setor de Telecom: Aplicações, benefícios e riscos

0

Em entrevista a TI Inside Laerte Sabino, CEO da Icaro Tech, falou das diversas aplicações e os riscos associados ao uso de IA generativa no setor de telecomunicações. Ele abordou como essa tecnologia tem transformado operações e destacado os cuidados necessários para garantir sua governança.

De acordo com ele a IA generativa já está sendo amplamente utilizada em diferentes áreas operacionais, como atendimento ao cliente, detecção e resolução de problemas na rede, além de automação de comandos e implementação de novas configurações em equipamentos. "Os assistentes automatizados são, hoje, uma das principais aplicações da IA generativa no setor, facilitando processos repetitivos que dependem de informações precisas e padronizadas", disse.

Além disso, ele mencionou o uso de chatbots baseados em IA generativa, que, devido ao bom domínio da linguagem, conseguem oferecer respostas mais rápidas e precisas a uma ampla gama de perguntas, proporcionando uma experiência mais eficiente para os clientes. "O grande diferencial da IA generativa é que ela permite que as empresas façam o treinamento de seus modelos de maneira mais simples, com um maior volume de dados, respondendo a uma diversidade maior de intenções de conversa", explicou.

Riscos e precauções

Ao abordar os riscos da IA generativa, o executivo ressaltou a necessidade de uma governança robusta e de cuidados específicos para evitar problemas relacionados à segurança e confidencialidade dos dados. Ele destacou que, embora o setor de telecomunicações tenha experiência em lidar com governança e regulamentações, como as da Anatel, ainda existem demandas de especialização que precisam ser desenvolvidas. "A tecnologia é nova, e o setor de telecom, como muitos outros, terá que buscar especialização para gerenciar os riscos adequadamente", afirmou.

Sobre a vulnerabilidade que a IA generativa pode trazer para o setor, Laerte comentou que, apesar dos possíveis riscos aumentados, os benefícios superam as desvantagens. Ele alertou que a proibição do uso dessas tecnologias poderia levar a um uso indevido em plataformas públicas e inseguras, comprometendo a propriedade intelectual e a confidencialidade dos dados. "Nesse momento, a gente abriu a caixa de Pandora. Não adianta proibir o uso da IA generativa; é melhor criar uma governança clara e definir diretrizes para seu uso seguro", enfatizou.

Laerte também recomendou uma abordagem incremental para a adoção de IA generativa no setor de telecomunicações, começando com problemas mais simples e gradualmente avançando para casos de uso mais complexos. "Investir em tecnologia de forma incremental e controlada é a chave para garantir que a empresa ganhe maturidade antes de implementar soluções de maior visibilidade", sugeriu.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.