Um estudo realizada pelo IPEA – Instituto de Pesquisas Econômica Aplicada aponta a existência de 7 milhões de trabalhadores terceirizados e quase 950 mil empresas prestadoras de serviço. Para se ter idéia, na última década, de cada três novos empregos registrados no País, um foi criado pelas empresas que prestam serviços para outras companhias.
Segundo Adriano Dutra, diretor da Saratt/TGestiona, "é fundamental realizar um controle intensivo dos riscos inerentes ao processo de terceirização, principalmente os trabalhistas, que geram maior impacto financeiro".
"O momento financeiro mundial deve aumentar a terceirização de serviços e, antes de contratar, os gestores deverão conhecer as obrigações legais a serem cumpridas, para que as transações de pessoal não gerem maior impacto financeiro neste momento delicado", diz ele.
Contratação de serviços exige cuidados
Diante da terceirização intensiva no ambiente empresarial, fatores como posição no mercado, elementos externos e economia fazem com que o processo de contratação desse tipo de serviço seja reavaliado permanentemente. "Muitas empresas praticam uma terceirização amadora e deixam de obter resultados significativos por desconhecerem o sistema. Nesse caso, o sucesso ou o fracasso não será apenas dos acionistas ou empregados da contratante, mas de todos que, direta ou indiretamente, participam desse processo", avalia Dutra.
Apesar de delicada, a terceirização de mão de obra é uma prática legal, segundo a advogada Maria Cristina Machado Cortez, sócia do escritório Trench, Rossi e Watanabe. "Não há empecilho contra a atividade de outsourcing de TI ou de qualquer outra natureza, pois a súmula 331, do Tribunal Superior do Trabalho, só estabelece como ilegal se a terceirização for feita para execução da atividade fim da empresa", diz. Sendo assim, os profissionais terceirizados podem ser tranquilamente prestadores de serviços, desde que não se comportem como funcionários do cliente, reportando diretamente a um supervisor, ou usando o crachá que o identifique como tal.
Simplificando contratação temporária
A Safe-doc, da Expressão Brasil, permite que a documentação que era copiada e enviada pelo correio, passe a ser digitalizada e armazenada eletronicamente para consulta imediata via internet. Esse processo, segundo a desenvolvedora, agiliza o recebimento dos dados pela matriz, evitando extravios durante o transporte e proporcionando mais eficácia ao gerenciamento de documentos dos empregados temporários.
"Devido ao alcance nacional, nossas contratações fora de São Paulo só eram possíveis quando a documentação dos funcionários chegava à agência. Agora, no momento da admissão, as coligadas do Safe-doc já disponibilizam a documentação dos funcionários contratados e nós temos acesso online a estes documentos, que ficam armazenados no sistema", diz Reinaldo Buozo, sócio-fundador e diretor da Expressão Brasil.