A Caixa Econômica Federal ajudará na modernização do Ministério da Saúde, com a informatização e interconexão do programa Farmácia Popular do Brasil. Acordo nesse sentido foi assinado nesta quinta-feira (9/8), em Brasília, pelo ministro José Gomes Temporão e pela presidente do banco, Maria Fernando Ramos Coelho.
Em breve, todas as transações comerciais executadas dentro do programa pelas farmácias e drogarias credenciadas que exibem a marca "Aqui, tem Farmácia Popular" serão gerenciadas pela Caixa, que repassará as informações online para o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus) por meio de um programa de computador.
Uma das vantagens de aperfeiçoar o sistema de informação do Farmácia Popular do Brasil é que o Ministério da Saúde poderá controlar melhor os gastos e obter informações como estoques, tipos de medicamentos mais utilizados e quais as doenças mais comuns entre os clientes do programa, segundo o ministro.
Com a implementação do sistema, serão permitidas a identificação digital das farmácias e a identificação digital das receitas por meio de códigos de barras. Outra vantagem, apontada por Temporão, é que as pequenas farmácias deixarão de depender de terceiros para transmitir suas informações na hora de vender os medicamentos, porque vão poder usar o sistema do governo.
O Ministério da Saúde ampliou o Farmácia Popular para as drogarias comerciais como sistema de co-pagamento em 2006. Com um número maior de farmácias incluídas no atendimento, espera-se facilitar o acesso da população a medicamentos para o diabetes e a hipertensão, por exemplo. Embora, as grandes redes contem com as facilidades da tecnologia, com o acordo, estabelecimentos em pontos remotos do país também poderão se modernizar.
No co-pagamento, além de medicamentos para diabetes e hipertensão, o Farmácia Popular do Brasil vende medicamentos para prevenção da gravidez (pílulas anticoncepcionais). A participação das pessoas é de 10% no preço de venda, sendo os 90% restantes por conta do governo.
Para o cidadão, um dos benefícios com a total informatização do sistema é a agilidade do atendimento. "Do ponto de vista prática, ao invés das pessoas ficarem na farmácia esperando, ele vai comprar rapidamente como ele compra hoje usando o cartão de débito e o cartão de crédito", afirmou Temporão.
Dados fornecidos pelo Ministério da Saúde mostram que 4 mil farmácias e drogarias estão credenciadas atualmente para fornecer os três tipos de medicamentos pelo sistema de co-pagamento e a expectativa é de que, dos 50 mil estabelecimentos, metade opte pelo programa.
Temporão também disse que o grande desafio agora é o cartão SUS. De abrangência nacional, o cartão conteria todas as informações necessárias para agilizar o atendimento nas unidades de saúde ? histórico de doenças, tipos de medicamentos consumidos e serviços já utilizados pelos pacientes. "Vai estar pronto, ali na hora, para que o médico possa ver na tela do computador e permite visualizar também de que maneira esse paciente ele usa o sistema de saúde. Suas demandas e suas necessidades", afirmou o ministro.
Com informações da Agência Câmara.