O cenário mundial atual é muito positivo para as empresas brasileiras de software e tecnologia da informação, principalmente no que se refere à exportação de serviços. A afirmação é do diretor do Sindicato das Empresas de Informática do Estado do Rio de Janeiro (Seprorj), Alberto Blois.
Segundo o dirigente, a crise financeira internacional acelerou processos que favoreceram as empresas nacionais. "Porque você não consegue se tornar mais eficiente e menos custoso sem ter investimentos em TI. E o Brasil é, sabidamente, um produtor de soluções na área de TI que funcionam, que têm aplicação, que têm sucesso."
Blois disse que o Brasil é o grande fornecedor de soluções para a área de tecnologia da informação do momento, não só em termos de codificação, mas principalmente "de uma forma nobre mesmo, com soluções, com ideias e experiência".
Blois avaliou que, no entanto, o Brasil não está bem suprido em termos de linhas de financiamento. Como o setor é formado em grande parte por micro e pequenas empresas, ele afirmou que seriam necessários juros menores e melhores garantias para facilitar o acesso das empresas ao financiamento hoje existente.
"As empresas de TI não têm garantias físicas. Você não tem matéria-prima. Tem serviço, que é uma coisa completamente intangível", afirma. Por isso, a reivindicação é para que haja melhor compreensão por parte dos agentes do sistema financeiro em relação ao setor de serviços de forma geral.
Ele ressaltou que o setor de informática e TI tem contado com o apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações (Apex-Brasil), por meio do programa Softex, que dá suporte a ações na área da internacionalização. "Mas são recursos parcos. A gente precisaria de muito mais para fazer outras coisas", disse. Segundo Blois, os resultados do programa são muito bons, apesar da carência de recursos. As informações são da Agência Brasil.
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