Governo eletrônico deve ser para todos, defendem especialistas

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A universalização do acesso aos serviços de governo eletrônico e a sua contribuição para a promoção da cidadania foi o tema central dos debates realizados durante o Seminário sobre os Padrões Web e seus Impactos no Futuro do Governo Eletrônico, realizado na quarta-feira, 8, em Brasília.

Páginas que possam ser acessadas por pessoas com deficiência auditiva e visual ou com mobilidade reduzida são requisitos essenciais para que o governo eletrônico seja de fato inclusivo. A idéia foi defendida pelo consultor e especialista na área de inclusão digital, Marco Antônio de Queiroz. Cego desde os 21 anos, o palestrante relatou a dificuldade em navegar em sites e portais cujos recursos e conteúdos foram elaborados sem atentar para os milhares de cidadãos com restrições para ver, ouvir ou mesmo manusear um teclado. "A acessibilidade é um tema central porque a internet tem que ser universal e para todos", frisou.

Outro tema enfatizado no seminário foi a necessidade de disponibilizar os serviços eletrônicos pela internet em outras mídias como aparelhos de celular, smartphones e PDAs, além do computador. Segundo o diretor de tecnologia da Wapja.net, José Geraldo Magalhães, hoje são cerca de 140 milhões de celulares no Brasil e quase 100% do território possui sinal para utilizar esse meio de comunicação. "O celular é um dispositivo que permite acesso universal e alcance social porque está distribuído em grande parte da população", salientou. O wapja.net é o primeiro portal desenvolvido especialmente para telefonia móvel de acesso gratuito do Brasil.

Para o secretário adjunto de Logística e Tecnologia da Informação (SLTI) do Ministério do Planejamento, Rodrigo Assumpção, a maneira mais eficiente de lidar com esses desafios é a discussão aprofundada sobre o uso de padrões no governo eletrônico. Ele disse que estabelecer padrões é fundamental para viabilizar a prestação de serviços eletrônicos aos cidadãos, bem como para integrar sistemas, processos e órgãos do governo. O evento debateu a importância de padrões e o papel do consórcio internacional World Wide Web (W3C) na evolução da Web e do governo eletrônico.

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