Os desafios que os canais terão que superar no próximo ano

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Nos últimos quase dois anos, os canais, foram fortemente impactados pelo novo cenário de negócios. O modelo tradicional do provedor de serviços gerenciados (MSP), responsável pela operacionalidade dos sistemas de TI, passou a enfrentar cada vez mais a concorrência dos provedores de serviços de segurança gerenciados (MSSP), os quais agregaram valor ao conceito de entrega de segurança como serviço, garantindo não somente a proteção de dados e sistemas, mas também assegurando que as cada vez mais exigentes demandas legais estejam sendo atendidas.

Na privilegiada posição de mais experiente provedor de proteção de dados e de soluções contra ataques de ransomware do mundo, a Arcserve projeta as mais fortes tendências que deverão impactar significativamente o universo dos canais em 2022. O mais importante é reconhecer que o setor global de serviços de TI gerenciados está crescendo e mudando. Esta indústria projeta uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de cerca de 8% em 2022.

De acordo com o ChannelE2E, o mercado de provedores crescerá quase o dobro dessa taxa, atingindo a casa dos 15%. Os canais mais estruturados irão identificar e capitalizar rapidamente tendências como esta. Vamos analisar um pouco mais detalhadamente algumas das principais tendências que influenciarão o desempenho dos canais ao longo do próximo ano:

Alteração no modelo tradicional dos canais

Em 2022, provedores tradicionais perceberão cada vez mais valor e rentabilidade no mercado de segurança, sendo que muitos expandirão suas ofertas para fornecer gerenciamento de segurança cibernética em vez de se concentrar exclusivamente em serviços de suporte de TI. Na verdade, esta transformação em um provedor de serviços de segurança gerenciado faz todo o sentido do ponto de vista econômico. Recente estudo envolvendo mais de 5.000 profissionais de TI detectou que 70% deles planejam terceirizar pelo menos uma parte de suas operações de segurança, de acordo com a Pesquisa Global de Riscos de Segurança de TI Corporativa promovida pela Kaspersky.

Este movimento, sem dúvida, aumentará a concorrência no setor, mas o importante é se ter em mente que o mercado ainda tem muito espaço para crescer. Existem mais de 40.000 provedores tradicionais na América do Norte, e apenas 17% deles são MSSPs. Outra razão para priorizar a oferta de segurança é oriunda da ameaça maciça representada pelos ataques de ransomware e a necessidade de entrega da proteção necessária. Se não agirem neste sentido, correm seriamente o risco de perder clientes e, até, inviabilizarem o próprio negócio. Quem gerenciar efetivamente o problema do ransomware, por exemplo,  terá uma vantagem competitiva significativa em 2022. Eles não só terão sua própria casa em ordem, mas também aumentarão seus negócios ajudando seus clientes a combater ataques e proteger os dados críticos.

Imutabilidade: a próxima palavra de ordem da indústria

Pergunte a quem tem intimidade com a área de TI o que é imutabilidade e muitas vezes você terá como resposta um olhar de interrogação. Mas isso está prestes a mudar. A imutabilidade subirá ao topo das paradas de verbetes ligados à tecnologia em 2022. Por quê? Porque o backup de dados imutável é a kryptonita dos cibercriminosos. Ele protege as informações continuamente, tirando snapshots instantâneos dos dados a cada 90 segundos, o que na prática significa que as organizações podem recuperar rapidamente seus dados mesmo na ocorrência de um desastre.

Esses snapshots instantâneos fornecem recuperação de dados point-in-time e eles não podem ser alterados, substituídos ou excluídos, protegendo assim a integridade dos dados contra perdas devido a erros humanos, falha de hardware ou ataque de ransomware. E não são apenas as empresas que estão se tornado mais e mais receptivas a este conceito. Também os governos estão cada vez mais preocupados em dotar suas agências da proteção presente no armazenamento imutável de backup.

Seguro cibernético: algo cada vez mais difícil de se obter

O seguro de responsabilidade cibernética é um tipo de proteção projetado para cobrir perdas e penalidades associadas a uma violação de dados ou a um ataque cibernético. Mas esse tipo de seguro será mais difícil de conseguir no próximo ano. Pela primeira vez, o ransomware atingiu um nível em que o pagamento das companhias de seguros está agora excedendo os prêmios pagos.

Isso significa que os grandes provedores de seguros começarão a limitar a quantidade de negócios neste segmento e serão muito seletivos ao aceitar novas apólices cibernéticas. Alguns provedores de seguros cibernéticos começarão a excluir a cobertura de ransomware quando da renovação de contratos já existentes. Neste novo quadro, as empresas terão que aumentar seus investimentos em ferramentas e processos de proteção para provar que são um risco que as empresas de seguro podem aceitar.

Isso é ruim e bom para os canais. Por um lado, eles devem demonstrar maior responsabilidade e transparência às empresas seguradoras ou correr o risco de perder sua proteção. Por outro lado, os canais aptos a fornecer um nível mais elevado de segurança para si e para seus clientes se diferenciarão em 2022 e ganharão uma vantagem competitiva real.

Daniela Costa, vice-presidente para a América Latina da Arcserve.

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