Transformação digital acelera no Brasil e impõe novos desafios às organizações

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O movimento de transformação digital vem ganhando força nas empresas brasileiras nos últimos anos. O país, que já era considerado um polo emergente de tecnologia, se viu diante da necessidade de acelerar esse processo devido ao isolamento social instalado pelo coronavírus, que por necessidade levou consumidores e empresas a experimentarem – e aprovarem – novas soluções digitais.

Essa aceleração da TD no Brasil durante a pandemia aparece em muitos estudos recentes. De acordo com pesquisa realizada pela Samba Digital, por exemplo, mais de 60% das empresas brasileiras pretendiam investir entre 10% e 30% dos seus faturamentos em transformação digital no ano de 2021. Além disso, 45,7% das companhias ouvidas no levantamento já estavam implementando estratégias de transformação digital e outras 30,5% estavam em estágio de desenvolvimento dessas estratégias.

Além de otimizar processos, a TD proporciona melhora no desempenho das empresas. Mas colocá-la em prática exige uma profunda mudança cultural: é preciso desafiar continuamente modelos de negócio, produtos e serviços, pensando sempre na melhoria da experiência do cliente.

Para um processo bem-sucedido de transformação digital é preciso realizar investimentos em tecnologia, contratação e treinamento de pessoal. Mas ainda mais importante é promover uma mudança de mentalidade, transformando a cultura da organização.

Transformação digital pressupõe, entre outras coisas, experimentação, tolerância com o fracasso, prototipação, desenvolvimento rápido, com times ágeis e multidisciplinares, menor time to market. E com a pandemia também vimos crescer os horários flexíveis, trabalho assíncrono e a gestão remota de equipes.

E se o Brasil está acelerando a transformação digital, já é possível encontrar no país alguns ótimos exemplos, em diversos segmentos – do varejo, ao entretenimento, passando pela mobilidade, alimentação, educação e tanto outros.

No setor de ensino, a primeira instituição de grande porte a adotar o modelo de educação digital em toda grade na América Latina foi a Trevisan Escola de Negócios, que enxergou no começo da crise que a demanda por flexibilidade seria permanente e adequou seus cursos de graduação, pós-graduação, MBAs e educação executiva ao novo modelo.

Mas isso só foi possível porque a escola começou a jornada de transformação digital um ano antes, quando investiu R$ 5 milhões em uma plataforma de conteúdo para professores e estudantes, com curadoria personalizada, trilhas de aprendizado e gamificação.

Assim, quando a pandemia impôs o isolamento social, a escola migrou depressa e totalmente para o ambiente digital, tirando proveito do pioneirismo para acelerar o crescimento. Nesse caso, os recursos obtidos com a redução do espaço físico foram direcionados para investimentos em tecnologia de ensino, software, capacitação de professores e desenvolvimento de novos modelos de ensino e aprendizagem.

O caso é emblemático também de como a digitalização acelera a globalização das instituições. Graças à flexibilidade do modelo, a Trevisan conseguiu firmar parcerias de colaboração acadêmica com a London School of Business and Finance (LSBF) e com o Johan Cruyff Institute.

Interessante destacar ainda a decisão da escola  de manter o modelo de teletrabalho, mostrando que o formato é possível para empresas em segmentos antes inimagináveis.

A transformação digital é a integração da tecnologia digital a todas as áreas de um negócio, o que muda a forma como companhias operam e entregam valor aos clientes. Por isso, empresas de todos os portes e segmentos estão alinhando seus projetos de crescimento a processos de inovação e transformação digital.

Quem teve essa percepção primeiro, hoje já colhe os benefícios. Mas o futuro é digital e cada vez mais empresas precisarão dar os primeiros passos nessa direção se quiserem continuar competitivas.

Camila Torricelli, pedagoga, mestre em Educação e especialista em EaD e Tecnologias Educacionais. É coordenadora dos cursos de MBA em Gestão de Pessoas e MBA em Educação Corporativa, na Trevisan Escola de Negócios.

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