Déficit do setor eletroeletrônico tem queda de 29%

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Nos primeiros quatro meses deste ano, a balança comercial da indústria elétrica e eletrônica registrou déficit de US$ 4,63 bilhões, 29% inferior ao realizado em igual período do ano passado, quando contabilizou US$ 6,52 bilhões. Desde o agravamento da crise mundial, verificou-se retração tanto nas exportações, em função da queda da demanda mundial, como nas importações, em decorrência da redução do mercado interno de produtos eletroeletrônicos.
A maior queda das exportações nesses quatro meses ocorreu entre os bens de telecomunicações (-35,5%), em razão, principalmente, da redução de 37% nas vendas externas de telefones celulares, que passaram de US$ 676 milhões, em janeiro-abril de 2008, para US$ 423 milhões neste ano. De acordo com a Abinee, verifica-se, que mesmo permanecendo na liderança das exportações, os celulares perderam representatividade na pauta das exportações de produtos do setor. No acumulado de janeiro a abril, participaram com 19% do total da indústria eletroeletrônica. Nos anos de 2005 e 2006, este percentual situava-se por volta de 30%.
A área de componentes elétricos e eletrônicos foi a que somou o maior montante exportado, registrando US$ 767,2 milhões, o que representou 34% do total, segundo a Abinee. No acumulado dos primeiros quatro meses do ano, as vendas externas de componentes recuaram 27,8% em relação ao mesmo período de 2008.
Assim como aconteceu nas exportações, o reflexo da crise mundial também foi verificado no resultado das importações brasileiras de produtos elétricos e eletrônicos, que permaneceram abaixo das atingidas no mesmo mês do ano anterior desde novembro do ano passado.
Verifica-se que os resultados das importações neste ano estão bem abaixo que os atingidos em 2008, retornando aos níveis de 2007, sendo que em abril deste ano, os valores importados foram 31,3% menores que os indicados em abril de 2008. Os componentes elétricos e eletrônicos recuaram 38,1%, com montante de US$ 3,37 bilhões. Este resultado é conseqüência, principalmente, das quedas nas compras externas dos três primeiros produtos mais importados do setor: os semicondutores (-36%), os componentes para informática (-48%) e os componentes para telecomunicações (-48%). As quedas dos componentes para informática e para telecomunicações foram as mais expressivas neste ano dos que as dos semicondutores. Com isso, estes últimos itens voltaram a ocupar, desde janeiro, a liderança das importações do setor, posição perdida em meados do ano passado para os componentes para informática.
Apesar de somarem montantes menos expressivos, as importações de bens de informática (-36,4%) e de telecomunicações (-26,3%) também apresentaram taxas de retração significativas.
Nestes casos, destacaram-se as quedas de 64% nas importações de impressoras, que passaram de US$ 109 milhões, em janeiro-abril de 2008, para US$ 39 milhões, em janeiro-abril de 2009, e de 48% de telefones celulares, que recuaram de US$ 238 milhões para US$ 125 milhões, neste mesmo comparativo.
Desde o agravamento da crise mundial, verificou-se retração tanto nas exportações, em função da queda da demanda mundial, como nas importações em decorrência da redução do mercado interno de produtos eletroeletrônicos, altamente dependente de componentes importados. As importações de componentes elétricos e eletrônicos representaram quase 50% das importações totais de produtos do setor.

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