Nível de emprego do setor eletroeletrônico cresce 4% em 2020

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Mesmo em um ano de pandemia, a indústria eletroeletrônica conseguiu encerrar 2020 com um incremento de 4% em seu nível de emprego, que passou de 234 mil em dezembro de 2019 para 243 mil pessoas no final deste ano. As informações foram divulgadas hoje pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), em sua coletiva de imprensa anual.

O faturamento da indústria eletroeletrônica deve encerrar 2020 em R$ 173,4 bilhões. Apesar do crescimento nominal de 13% na comparação com 2019 (R$ 153 bilhões), o aumento real foi de apenas 1%, uma vez que a inflação do setor, segundo o Índice de Preços ao Produtor (IPP), fechou o ano em 12%.

A produção industrial de bens eletroeletrônicos apresentou queda de 2% em 2020 em relação ao ano passado. Já a utilização da capacidade instalada caiu de 78% para 75% este ano.

A estabilidade no faturamento e ligeira queda produção do setor em 2020 repete desempenho semelhante ao do ano passado, quando também não houve crescimento nestes indicadores.

O presidente executivo da Abinee, Humberto Barbato, observa que até maio todos os indicadores apontavam para um cenário drástico em 2020, em razão da pandemia, mas o dinamismo e a resiliência do setor reverteram a curva descendente dos indicadores. "As empresas conseguiram fazer uma leitura rápida do atual cenário, adequando processos e linhas de produção para a nova realidade", afirma.

Segundo Barbato, no cenário de restrição por conta do isolamento social, os bens e serviços de tecnologia, disponibilizados pelo setor, têm sido fundamental para conectar as pessoas, fazer girar a economia, manter as empresas operantes, possibilitar entretenimento, acesso à educação, atender a necessidades de abastecimento, além de otimizar e facilitar o acesso dos consumidores a serviços essenciais.

O presidente do Conselho de Administração da Abinee, Irineu Govêa, observa que, mesmo em uma situação tão extrema, o setor eletroeletrônico tem dado mostras de que consegue resistir às condições mais adversas, dando continuidade ao trabalho e mantendo a produção em suas fábricas adaptando-se à nova realidade a fim de trazer proteção aos trabalhadores. "Programas como o auxílio emergencial, a manutenção do emprego e da renda e outras iniciativas permitiram minimizar o impacto da crise para os que não dispõem de condições econômicas para se manter na pandemia", diz.

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