A Vivo tem hoje 2,2 milhões de assinantes de serviços de saúde no celular. Há cerca de ano a operada estava próxima a alcaçar cifra de uma milhão, conforme relatou o site Mobile Time à época. A área avança rapidamente, confirmando o sucesso da estratégia de migrar os serviços de valor adicionado de entretenimento para assuntos que tenham uma utilidade na vida das pessoas, como educação e saúde.
O carro-chefe continua sendo o Vivo Ligue Saúde, um call center que funciona 24 horas por dia com enfermeiras preparadas para tirar dúvidas sobre saúde. Recentemente, a empresa resolveu apostar em serviços "assinados" por celebridades. Foram lançados três até o momento: Vivo Saudável com Dr. Dráuzio Varella; Vivo Sexualidade com Laura Muller; e Vivo em Movimento com Marcio Atalla. Todos são compostos por dicas diárias enviadas por SMS, e alguns são complementados por um portal de voz. O preço e o tempo da assinatura variam. No caso do Vivo Saudável com Dr. Dráuzio Varella, o custo é de R$ 2,99 por semana. O serviço com dicas sobre sexualidade, por sua vez, custa R$ 4,99 por mês.
"É difícil fazer o cliente dar o primeiro passo, especialmente porque a Vivo não é uma empresa de saúde. A assinatura de alguém conhecido ajuda a fazer o cliente experimentar o conteúdo. São especialistas que inspiram confiança", explica Maurício Romão, diretor de serviços digitais B2C da Telefônica/Vivo.
Dentro da base de 2,2 milhões de assinantes estão incluídos também aqueles que contrataram seguros de saúde pelo celular. A operadora disponibiliza quatro opções de seguradoras distintas, que incluem seguros hospitalares e para cirurgias. A Vivo atua como estipulante, representando o cliente junto à corretora.
O modelo de negócios da operadora com seus parceiros de conteúdo de saúde e com as seguradoras segue sendo o de divisão de receitas (revenue sharing), tal como é feito em entretenimento. As proporções podem variar muito de acordo com o serviço e com a participação de cada lado. Há casos em que a operadora ganha mais de 50% e outros em que ganha menos da metade.
Está nos planos da Vivo lançar comercialmente no começo de 2014 serviços de monitoramento de doentes crônicos e de idosos por meio de acessórios especiais.
Portal
Para promover seu portfólio de m-health, a operadora lançou recentemente um portal na web sobre o tema, batizado como "Vivo Mais Saudável". Ele é acessível por usuários de quaisquer operadoras e apresenta um vasto conteúdo informativo sobre saúde, incluindo artigos de especialistas, dicas em geral e um dicionário com uma série de verbetes médicos explicados para leigos. Há também um aplicativo web em que o usuário marca sobre o desenho de um corpo humano os locais e sintomas que sente para saber quais são as possíveis razões.
O Vivo mais saudável inclui uma lista de médicos cadastrados que pode ser pesquisada por cidade, bairro e especialidade. Os médicos que se interessarem poderão sincronizar suas agendas com o portal, permitindo que os pacientes marquem uma consulta diretamente pelo portal. Neste caso, o serviço terá um custo para o médico, mas será sempre gratuito para os pacientes e aberto para qualquer pessoa, independentemente da operadora.
O objetivo é atrair novos clientes e fidelizar os atuais, mais do que gerar uma receita nova. "Acreditamos que pessoas vão dar mais valor à Vivo. Esperamos que elas tenham vontade de vir para a Vivo. É o que gostaríamos", enfatiza Romão.
