A IBM divulgou os resultados de sua primeira pesquisa de opinião sobre as tendências e pensamentos dos executivos das médias empresas no que diz respeito à inovação dos negócios relacionados à tecnologia de informação. O estudo mostra as áreas que deverão ser focos de investimentos, além de apontar os desafios das empresas em TI e a percepção dos entrevistados quanto ao uso e importância das soluções tecnológicas para tornar os negócios cada vez mais inovadores e competitivos.
O levantamento compara a opinião dos empresários brasileiros com a pesquisa global. Foram feitas 200 entrevistas no Brasil e outras 959 entrevistas no Canadá, China, Leste Europeu, Europa Ocidental e Estados Unidos.
No Brasil, os CEOs de médias empresas acreditam que o gerenciamento de relação com o cliente (53%), a gestão do capital humano (50%) e uma segura infra-estrutura de TI (43%) são as três principais áreas nas quais devem focar para manter seus negócios inovadores e competitivos. Globalmente, o gerenciamento da relação com o cliente também é apontado como primeiro item (50%), mas as outras duas áreas não coincidem com as citadas pelos brasileiros. São elas: a colaboração entre parceiro-fornecedor (35%) e o acesso aos mercados globais (35%).
Para os brasileiros, entre os maiores desafios para atingir essas áreas-foco estão: melhorar o gerenciamento de relacionamento com o cliente (63%), melhorar a gestão de capital humano (55%) e a colaboração entre funcionários, parceiros e fornecedores (53%). Na pesquisa global, o gerenciamento do relacionamento com o cliente e colaboração entre funcionários, parceiros e fornecedores também ocupam o primeiro e o terceiro lugares, respectivamente. A diferença fica por conta do segundo desafio que, de acordo com o levantamento total, seria a velocidade em oferecer ao mercado novos produtos ou serviços.
Na área de tecnologia de informação, os maiores desafios para as empresas brasileiras manterem-se inovadoras são: gerenciamento de sistemas (56%), segurança corporativa (55%) e integração de processos (54%). Na pesquisa global, a segurança corporativa (50%) ocupa a primeira posição, seguida pela integração de processos (49%) e a continuidade de negócios (48%).
"A pesquisa de opinião foi realizada como parte do compromisso da IBM em compartilhar uma visão clara e uma compreensão das realidades de mercado das médias empresas", diz Luiz Bovi, diretor de pequenas e médias empresas da IBM Brasil.
O estudo também mostrou que o tempo de implementação longo de um projeto de TI é o principal inibidor para os brasileiros (52%) fazerem transformações em suas empresas, seguido pelo custo (46%) e pela incapacidade de implementar novas tecnologias com os recursos que a empresa possui (43%). Na pesquisa total, tanto o custo quanto o tempo de implementação das mudanças de TI são apontados como os dois principais inibidores (51% cada). Em terceiro, vêm as possíveis interrupções das operações de negócios atuais (42%).
De acordo com a pesquisa, durante os próximos 12 a 18 meses, as médias empresas brasileiras planejam investir na área de TI e em serviços ao cliente (84%), em sistemas de comunicação e rede (84%), em infra-estrutura e segurança corporativa (81%). Globalmente, as quatro áreas são as mesmas apontadas pelo Brasil, com a diferença que segurança corporativa (65%) e sistemas de comunicação e rede (65%) estão à frente da tendência de investimentos seguidas por infra-estrutura (63%) e serviço ao cliente (62%).
As médias empresas do Brasil classificaram o serviço ao cliente (60%) e as comunicações em rede (60%) como as duas soluções que primeiro seriam implementadas, seguidas por gerenciamento de sistemas. Na pesquisa global, comunicação em rede seria a primeira solução implementada (45%), seguida por serviço ao cliente/CRM (44%), gerenciamento de sistema (44%) e segurança (44%).
Além disso, tanto a pesquisa global quanto a pesquisa focada no Brasil mostram que os principais critérios para compra em TI das médias empresas são segurança e estabilidade da solução, a confiabilidade e reputação do fornecedor, seguida pelo potencial de retorno de investimento.