A crise não chegou ao RH das empresas de TI

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A segundo edição do relatório State of the Data Center, publicado pela Symantec, mostra que o preenchimento de vagas continua sendo um problema para os gestores de TI. Dos 1.600 gerentes, diretores e vice-presidentes de data centers entrevistados, 36% deles afirmaram estar com falta de pessoal qualificado.

Diferente de outros setores, caso da mineração, que está reduzindo cotidianamente o quadro de funcionários – hoje mesmo a Rio Tinto noticiou que cortará 13% do quadro de funcionários em uma de suas operações de Corumbá (MS) – o setor de TI não deve demitir colaboradores em massa neste ano. Prova disso, é que somente 4% desses mesmos gestores entrevistados pela pesquisa apontaram excesso de pessoal.

Este dado atesta os "bons ares" para quem trabalha no mercado de TI e reforça, ainda mais, a falta de mão de obra. Para lidar com esse impasse, o levantamento encomendado pela Symantec aponta a terceirização como alternativa. E alternativa já praticada, pois 45% dos entrevistados terceirizam serviços de TI, principalmente como alternativa de aumentar o foco no core business dos profissionais de data center.

Aliás, o negócio principal desses profissionais também
foi medido. As três principais funções líderes de TI que as empresas estão terceirizando incluem continuidade de negócios (46%), backups (43%) e gerenciamento de armazenamento (39%). O treinamento é visto como estratégico por 68% dos entrevistados, e 78% esperam que os budgets de treinamento aumentem ou permaneçam constantes nos próximos dois anos.

Pressão dobrada
Contudo, a pressão em cima dos gestores de TI nunca foi tão grande. "A atenção se voltou para iniciativas que impulsionarão a redução imediata de custo, ao invés de programas que impulsionam o retorno sobre investimento ao longo prazo. O armazenamento de dados, por exemplo, tem sido o foco primário dessas iniciativas, já que a demanda por capacidade continua aumentando, independentemente dos desafios econômicos", disse Rob Soderbery, vice-presidente sênior do grupo de gerenciamento de armazenamento e disponibilidade da Symantec.

Se a demanda é fazer mais com menos, eis outros dados que comprovam a pressão sofrida pelos gestores de TI: 75% dos entrevistados relataram que as expectativas de usuários estão aumentando e 60% observaram que atender aos níveis de serviço exigidos pela organização está cada vez mais difícil. Por outro lado, somente 10% disseram que está mais fácil atender aos níveis de serviço.

No Brasil os resultados não são muito diferentes, pois 62% disseram que está mais difícil/caro atender às expectativas das organizações em relação ao nível dos serviços. Contudo, do resultado geral da pesquisa da Symantec, os principais objetivos identificados para 2009 foram melhorar o nível dos serviços (33%), melhorar a velocidade da resposta (22%) e reduzir custos (14%).

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