Os peritos em investigação forense digital já podem contar com uma nova ferramenta para auxiliá-los na resolução de crimes. Trata-se do Forensic Tool Kit 2.0 (FTK), software que já vem sendo utilizado pela Polícia Federal. Segundo a fabricante AccessData, o software é capaz de extrair e catalogar o conteúdo de um disco rígido de forma precisa e completa, possibilitando, inclusive, a decodificação de códigos.
De acordo com Wanderson Castilho, perito em investigação forense sigital, que começou a trabalhar na área há dez anos quando a investigação forense ainda era restrita à coleta e análise de provas físicas, a tendência atual mostra que as resoluções de quaisquer questões judiciais estão ligadas direta ou indiretamente a provas obtidas por meio virtual.
Apesar de o Brasil não contar com uma legislação específica no âmbito digital para essa área, as evidências recolhidas pelos peritos computacionais são aceitas pela Justiça, servindo para comprovar argumentos apresentados pelos advogados de defesa ou acusação. Para que sejam incluídas no processo, é preciso que sua coleta observe o Código de Processo Penal que rege a integridade de provas físicas. Para isso, outra ferramenta utilizada por Castilho em suas investigações permite que seja feita uma cópia
exata do disco rígido do computador a ser analisado, para que não haja comprometimento da máquina.
?Um perito em investigação forense digital não pode ser confundido com um profissional de TI ou um expert em computadores, embora o conhecimento dessas áreas possa ser considerado pré-requisito. Existem técnicas minuciosas para que a investigação não comprometa a cena do crime e há necessidade que o profissional tenha conhecimento das leis que regem esse tipo de investigação?, completa Castilho, que tem em seu currículo cerca de 120 casos resolvidos com o auxílio de suas técnicas forenses.
