Em um mundo cada vez mais globalizado, a excelência operacional é um bem necessário. E, quando falamos em Brasil, com sua imensa extensão territorial e um nível de complexidade e burocracias que acompanham o tamanho do País, a entrada de processos digitalizados em alguns setores da indústria geram inúmeros desafios.
Nas empresas em que os processos operacionais são geridos separada e manualmente, como em áreas de recebimento, distribuição e logística, o profissional de Supply Chain trabalha de forma reativa na resolução de problemas e não consegue colocar todos os esforços necessários em transformação digital. Com isso, muitas empresas perdem tempo apagando incêndios, enquanto lutam para reduzir custos e melhorar a eficiência operacional com softwares desconexos e até mesmo planilhas. Com a complexidade do supply chain, o planejamento fica comprometido, e as empresas perdem tempo e produtividade – o que frustra, e muito, o bom andamento dos negócios.
Tecnologia de menos e complexidade demais
Ao falar sobre cadeia estendida, vale lembrar o papel da tecnologia em apoiar a área de supply chain a ganhar confiança e gerar valor para os envolvidos no processo – do varejista ao parceiro. Afinal, as mais recentes inovações são a prova disso.
Nuvem, Big data, Internet das Coisas, Business Intelligence e Analytics estão aí para apoiar empresas tradicionais de setores sensíveis, como o varejo, automotivo, eletro e eletrônico, que fazem a locomotiva Brasil girar e esbarram em processos lineares da gestão da cadeia de suprimentos. Essas tecnologias permitem analisar o cenário em que as empresas estão inseridas, melhorar a visibilidade de todos os processos produtivos da cadeia, e até prever quais imprevistos podem gerar improdutividade e atrasos. Dessa forma, as organizações conseguem dimensionar melhor o fluxo de trabalho, além de ter uma visão abrangente do processo como um todo.
Não resta dúvidas que embora o conceito de cloud computing já pareça estar bem popularizado no setor corporativo, ainda há muito para acontecer, principalmente porque as soluções em nuvem podem aumentar – e muito – a produtividade do setor. Uma pesquisa recente divulgada pela GlobalData mostra que a nuvem pode aumentar a eficiência operacional entre 45% e 87%. O estudo com mais de 300 CIOs de todo o mundo também afirma que 67% querem otimizar suas operações sem comprometer a entrega de seus produtos e serviços.
A nuvem é apenas um passo para a transformação digital. Ainda há muito para fazer com analytics, business intelligence e machine learning na tomada de decisões estratégicas com base em análise de cenário e andamento do fluxo das operações. Por isso, as tecnologias podem:
Permitir que, por meio de plataformas integradas, as empresas tenham quase uma 'torre de controle', com melhor visibilidade, integração e disponibilidade de informações em tempo real;
Otimizar o tempo com automatização de cálculos e um planejamento simplificado. Isso permite que as empresas façam análises profundas e encontrem formas de inovar e transformar a gestão da sua cadeia de abastecimento;
O supply chain deve se adaptar à realidade das empresas com funções fáceis e configuráveis.
As empresas brasileiras que usam tecnologias tradicionais esbarram em problemas comuns, como a falta da capacidade analítica para enxergar seus processos produtivos de forma integrada.
A baixa produtividade e custos elevados causados por problemas em áeras específicas como logística e manutenção, nublam a visão das empresas sobre suas cadeias de suprimentos. Consequentemente, as empresas brasileiras presas nas formas tradicionais não têm a capacidade analítica para enxergar seus processos produtivos de forma integrada. Por isso, o momento certo para iniciar a transformação digital é agora, e se as empresas brasileiras precisam escolher um ponto de partida, que seja pela nuvem.
Gabriel Lobitsky, diretor de Vendas da Infor para Sul da América Latina.