O termo Open API tem se tornado bastante popular e pode dar margem a entendimentos equivocados sobre o conceito, por isso é melhor mesmo começar descrevendo o que não é uma Open API.
O termo API vem do Inglês Application Programing Interface – Interface de Programação de Aplicações – e é a forma que se utiliza para interagir com uma aplicação ou sistema. Por exemplo: Uma empresa possui um sistema de gestão de clientes e através de uma API os dados dos clientes podem ser consultados ou até atualizados.
O Open, que quer dizer "aberto" em inglês dá a entender que estamos falando de uma aplicação totalmente aberta. Surgem então uma série de interpretações equivocadas.
A primeira possível interpretação é que Open API seria uma interface de uso livre para qualquer um que queira usá-la. Algumas talvez tenham autenticação, limites de tráfego, mas neste caso seriam de uso público e livre, portanto o melhor seria chamá-las de APIs Públicas.
Outra possível interpretação, também equivocada, seria a de que esta API daria acesso a dados abertos, ou em inglês "Open Data", ou seja, estes dados poderiam ser utilizados sem restrições de patentes ou licenças.
Open API é o contrário de API Privada, que são as interfaces disponíveis apenas para os desenvolvedores de dentro da organização. Private API são utilizadas para permitir que sistemas se comuniquem trabalhando de maneira coesa.
Já as Open APIs são interfaces externas de acesso aos sistemas e dados internos de uma organização. Assim, uma organização pode expor seus sistemas para desenvolvedores externos, sejam clientes, fornecedores, parceiros ou outros interessados na integração com seus próprios sistemas. Já existem muitas aplicações de APIs Abertas hoje em dia, por exemplo, as operadoras de telefonia possuem API de envio SMS que são utilizadas pelos bancos para alertar seus clientes de transações bancárias.
As Open APIs são essenciais em um mundo cada vez mais conectado, porque permitem que os sistemas internos de uma organização interajam com o ambiente externo, estendendo seus sistemas, criando novas funcionalidades e usos que a própria organização não imaginou.
Eduardo Prillwitz, sócio fundador da Prill Tecnologia.