Um levantamento realizado pela Intel mostra que 62% dos entrevistados que compraram um computador fizeram pesquisas prévias sobre o equipamento. E apesar de todos os que fizeram buscas consultarem websites para ajudá-los a decidir o que comprar, 93% das pessoas não dispensam uma visita a uma loja física e apenas 19% fecham a compra on-line. A pesquisa ouviu compradores das classes A e B de diferentes cidades do Brasil.
O comportamento do brasileiro é bem diferente dos americanos e britânicos. Nesses países, considerados maduros, quase a metade da população compra suas máquinas pela internet, em um total de 47% e 37%, respectivamente. O percentual de compradores que afirmaram ir até uma loja para verificar o produto pessoalmente também é menor naqueles países. Nos EUA esse número é de 81%, no Reino Unido é de 79% e na França, de 80%.
"O preço já não é mais o fator preponderante na escolha do produto para os consumidores da classe A. Eles preferem ir às lojas para obter conhecimento técnico sobre o produto e também para ver uma demonstração. Querem ter certeza de que o equipamento que ele está comprando é fácil de usar e não dá problemas", afirmou o diretor de marketing da Intel, Elber Mazaro.
A pesquisa aponta que quando o consumidor consulta um website para pesquisar sobre um computador, ele utiliza sites noticiosos e de busca para obter informações. Mas uma grande parte desse público, 65% do total, também consulta sites de fabricantes ou fórum de discussões especializadas.
Os consumidores da classe A representam o grupo com o maior número que tem um segundo computador nas residências, reforçando a tendência do uso individual do PC. Esse grupo costuma passar cerca de duas horas por dia conectado à internet e o utiliza para fins práticos, tais como operações financeiras, planejamento de viagem ou trabalho.
Embora a classe B também busque consulta técnica nas lojas para saber qual o melhor equipamento de acordo com o uso, o preço é um fator fundamental na hora da compra. De acordo com a pesquisa, a grande maioria não muda o orçamento planejado para a compra do equipamento.
"Uma boa parte da classe B é egressa da classe C e assim como ela tem como fatores principais para compra preços melhores, performance e velocidade do processador", diz Mazaro. Outra característica é a economia de recursos para a compra do equipamento. A classe B tende a guardar dinheiro para dar uma entrada maior e aliviar as prestações. Esse é o grupo que mais utiliza o PC para socialização, trocar e-mails e acessar o Orkut, segundo a pesquisa
Mazaro também destaca a diferença entre os mercados maduros e emergentes. "Nos países emergentes como China, México e Brasil, a cultura de ver o computador pessoalmente é muito forte e por isso o volume de negócios on-line não tem um percentual muito alto. No México, apenas 11% dos entrevistados compraram seus computadores em lojas virtuais", esclarece.
O consumidor demora em média 18 dias entre a decisão de adquirir um novo computador e sua compra efetiva. Entre os principais motivos que levam os consumidores das classes A e B a comprar um computador estão as promoções ou necessidade de substituir o equipamento obsoleto. Nesses casos, segundo a pesquisa, parte do homem a decisão sobre a necessidade da compra, com 42% do total, mas é a mulher que realmente a efetiva, com 55% das respostas.
Os homens também são os maiores responsáveis pela compra por impulso, representando 63% na pesquisa. Nesse processo, os vendedores têm uma grande importância na aquisição. Ele é visto como influenciador por 23% dos entrevistados.