Por curiosidade, pedi a um amigo que mora em Nova York que me enviasse o print screen da tela de uma pesquisa no Google sobre um assunto específico. O que constatei é que o resultado foi totalmente diferente do que tive com a mesma busca na minha máquina, em São Paulo. Isso quer dizer que, dependendo dos hábitos, interesses, região etc., o Google seleciona o que é relevante ou o que merece destaque nos resultados.
Outro amigo, estudioso da teologia, comentou comigo que ele utilizava o Facebook para ter informações sobre assuntos referentes à área e que, de uma hora para outra, várias pessoas de sua comunidade desapareceram. Com uma observação mais profunda, ele percebeu que os contatos que sumiram eram os das pessoas mais conservadoras. O que aconteceu é que o Facebook monitora quais links são constantemente clicados e, como os assuntos pelos quais ele tinha mais interesse não eram os mesmos dos conservadores, o seu usuário ficou bloqueado para aqueles membros.
Essa "personalização de conteúdo" não é realizada somente no Google e Facebook. Ela está espalhada em toda a nossa rede e já foi incorporada pelas empresas para os ambientes de trabalho. Isso quer dizer que, cada vez mais, as corporações devem customizar, controlar e monitorar o acesso a conteúdos, de acordo com as características individuais dos seus colaboradores.
Nesse contexto, encontram-se os fabricantes de tecnologia, que, além de terem uma imensa oferta de soluções e serviços gerenciados na nuvem, também englobam todo o portfólio necessário para desenvolver a infraestrutura de TI do cliente. Isso possibilita ao mundo corporativo que o gerenciamento de conteúdo ocorra conforme a necessidade de cada área de negócio, podendo distribuir exatamente o ferramental e o conteúdo necessários para cada recurso e, dessa forma, aumentar a produtividade de toda a empresa.
Nos Estados Unidos, por exemplo, já há a tendência de criação de uma nova área dentro da estrutura de TI, que passa a ser responsável por monitorar processos e dados de todos os setores do negócio. O objetivo é utilizar essas informações para, de forma estratégica, definir um planejamento financeiro, tático e operacional de cada colaborador. Essa iniciativa recebe o nome de Data Analysis Area e tem a missão de orientar e influenciar corretamente o direcionamento do budget da área de TI.
Sendo assim, as companhias precisarão de um suporte de tecnologia de ponta e de atendimento especializado e experiente para conduzir essa nova dinâmica que surge. O volume de dados, redes e acesso está cada vez mais frequente, amplo e presente em nosso cotidiano. Cabe às empresas exercer um controle assertivo para promover melhores resultados individuais e o consequente avanço dos negócios como um todo.
*Renato Hombo é gerente de solution center da Divisão de Plataformas da Sonda IT.