Os empresários da Fornería Belluna, em Curitiba, resolveram adotar um sistema inteligente no restaurante, desenvolvido pela Smart Green do Brasil, empresa paranaense especializada em soluções de monitoramento remoto e gestão de consumo, para controlar o consumo de água, energia e gás. "Um aparelho é instalado nos medidores de água, energia e gás, transmitindo dados, via radiofrequência, para os servidores da empresa. As informações são processadas e disponibilizadas para o usuário", afirma Wilson Piccoli, diretor da Smart Green. Segundo ele, os sistemas inteligentes ajudam o consumidor a cortar gastos, com reduções que podem variar de 5% a 30%.
“Resolvemos implantar o sistema porque nos últimos meses constatamos um consumo elevado de energia. Pretendemos com isso, identificar possíveis vazamentos ou desperdícios“, afirma Josaine Zanetti, gerente da Fornería Belluna.
Além de economizar, a adoção de práticas sustentáveis e a consciência ambiental são fatores que fazem com que a comunidade queira participar ativamente do gerenciamento de seu consumo. “É muito simples, se você gerencia seus investimentos, confere o extrato bancário periodicamente, por que não fazer o mesmo com o seu consumo?” questiona Airton Hess, sócio-diretor da Smart Green do Brasil.
Estudos demonstram que o Brasil detém o recorde negativo de desperdício de água no mundo. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o consumo ideal é de 110 litros/dia, enquanto que na região do Lago Sul, em Brasília, o gasto médio diário de água por pessoa atinge mil litros. No outro extremo, em países da África, como a Namíbia, as pessoas têm menos de um litro de água por dia.
Somente cinco países no mundo apresentam um nível de consumo de água per capita previsto pela ONU: Alemanha, Bélgica, República Tcheca, Hungria e Portugal. “Os resultados alcançados por esses países são fruto da conjugação de tecnologia com informação, educação ambiental e re-educação da população adulta. Esse também deve ser caminho a ser seguido pelo Brasil para reverter o alto nível de desperdício de água no país”, destaca Hess.
O mercado de gestão do consumo, que envolve o consumo consciente vem atraindo a atenção não só dos empresários que querem cortar o desperdício, mas também de cidadãos preocupados com o desenvolvimento sustentável. Dados da ONU apontam que mais de quatro bilhões de pessoas vão ter problemas com escassez de água em 2050. A tecnologia terá que servir como uma aliada para gerir a demanda da água, que é um bem finito, não renovável e tem um custo elevado de tratamento.
Foi pensando nisso, que a Smart Green do Brasil desenvolveu um sistema para auxiliar os cidadãos e as empresas a controlarem ativos como: energia elétrica, água e gás, que pesam significativamente no orçamento. O sistema permite o estabelecimento de metas de consumo de cada tipo de utility (energia, água e gás) e o confrontamento com o consumo efetivo. “O consumo é um vôo às cegas, a gestão do consumo é tão importante quanto à gestão financeira”, finaliza Hess.
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