A Dell irá somar quase US$ 50 bilhões em dívidas para completar a proposta de aquisição da EMC, o que elevará a dívida total da empresa para cerca de US$ 60 bilhões, segundo pessoas com conhecimento do assunto disseram à Bloomberg. Como parte do acordo de compra da EMC, no valor de US$ 67 bilhões, a Dell entrará com cerca de US$ 3 bilhões em patrimônio líquido e o fundo Silver Lake Management, coparticipante no negócio, irá colocar cerca de US$ 1 bilhão, disse que as fontes. O financiamento será uma combinação de novas dívidas com o refinanciamento da dívida atual.
Vários bancos, entre eles o JP Morgan Chase & Co., Barclays, Bank of America, Credit Suisse Group AG e Deutsche Bank, teriam sido abordados pela Dell sobre o financiamento do negócio. Jamie Dimon, presidente do conselho e diretor executivo do JP Morgan, esteve em uma reunião do Conselho de Administração da EMC, ocorrida no feriado do Dia do Trabalho nos EUA, em 5 de setembro, para garantir que a Dell poderia obter o financiamento de que precisava para completar a aquisição.
A Dell, que atuou por vários anos como companhia de capital aberto, com ações listadas em bolsas, fechou seu capital em 2013, numa operação avaliada em US$ 25 bilhões, e irá utilizar a fusão para expandir sua linha de produtos de armazenamento de dados high-end. A empresa combinada será comandada por Michael Dell, que se associou aos fundos MSD Investment Partners, Silver Lake Partners e ao Temasek Holdings, fundo soberano de invetimentos do governo de Cingapura.
A EMC, que abriu o capital em 1986, vinha sendo pressionada pelo fundo de hedge Elliott Management Corp., que é administrado pelo controvertido bilionário Paul Singer, que adquiriu uma participação de 2% na companhia, a fazer o spinoff (cisão) da VMware, líder mundial em sistemas de virtualização, para impulsionar o preço das ações.