IoT, Privacidade de Dados e Edge Computing: Previsões Tecnológicas para 2018

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O carro conectado não é mais apenas um carro

A IHS Markit prevê que, até 2023, as vendas mundiais de carros conectados chegarão a 72,5 milhões de unidades, a partir de um total de 24 milhões em 2015. Isso significa que, em apenas oito anos, quase 69% dos veículos de passageiros vendidos passarão a trocar dados com fontes externas, o que transformará o automóvel em uma rede avançada. Em 2018, o carro vai se transformar de meio de transporte a hub de conexão de informações.

Em 2018, a expressão superfície de ataque será aplicada também aos veículos, à medida que crescer o temor de ataques aos sistemas de carros conectados. O medo dos terríveis ataques em que o veículo inteiro é dominado irá evoluir para medos mais básicos, como ataques a contas em sistemas de pedágios, no histórico de navegação e na infraestrutura dos sistemas de monitoramento de veículos. O monitoramento contínuo de desempenho e validação de sistemas vai adquirir um novo significado em 2018, e os vendedores de carros correrão para enfrentar esses riscos crescentes.

Riscos da IoT chegaram para ficar

Quanto mais as pessoas contarem com a IoT (a Internet das Coisas) no dia a dia, mais aumentará a pressão e, em última instância, o risco potencial associado com centenas ou até milhares de dispositivos conectados passíveis de serem comprometidos e transformados em robôs (ou bots). Estes riscos crescentes, e uma falta geral de proteção nas redes de Wi-Fi, criarão constantes fluxos de vulnerabilidades, que terão maior probabilidade de reincidências.

A expansão da superfície de ataque dá lugar a novos riscos para a rede de sua empresa. Se você está trabalhando remotamente e em uma rede pública desprotegida, você coloca sua organização inteira em risco de ataque por hackers, seja um ataque a partir de seus dados seja enredando inadvertidamente o seu dispositivo e tornando-o parte de uma botnet.

Privacidade de dados é a nova emergência tecnológica

O pânico está se instalando, pois as empresas que trabalham com dados temem não cumprir com a próxima edição das GDPR (Regras Gerais para Proteção de Dados) da Europa, que entrará em vigor em 25 de maio de 2018. Com isso, o foco em privacidade de dados atingirá novos patamares.

Proteger dados pessoais é uma tarefa complexa, no contexto em que a rede está por toda parte, como consequência da corrida para a nuvem. O uso de nuvens públicas retira os seus dados de seu data center interno e os coloca nas mãos do seu provedor. A ocorrência de violações e adulterações em órgãos de governo trouxe à tona as consequências que uma abordagem descuidada em relação a dados pessoais pode ter. Anos usando senhas ruins e abusando da liberalidade com informações pessoais garantiu que perdêssemos todo o controle sobre nossos dados. A consciência deste problema finalmente atingiu a massa crítica. Embora seja tarde demais para impedir que nossos dados escorram por entre nossos dedos, ainda podemos assegurar que os responsáveis por controlá-los (de olho em você, Equifax) se esforce mais para mantê-los em segurança. 2018 será o ano em que finalmente passaremos a considerar a privacidade de dados uma parte importante de nossas vidas.

O maior risco é quando Billy vai às compras

Quando se trata de segurança, as ferramentas tecnológicas atuais não são a questão. Os avanços significativos observados em firewalls, segurança de aplicativos da web e soluções de proteção de redes fez o setor avançar muito, mas o mesmo não aconteceu com o comportamento dos empregados. Ainda existe a presunção de que "o pessoal do TI vai cuidar de tudo" se eu clicar num link ruim ou deixar o acesso ao meu computador aberto para dispositivos sem vigilância.

Criminosos cibernéticos são rápidos em obter acesso à sua rede graças à falta de atenção do Billy no tópico da segurança. O Billy ainda acredita que a responsabilidade de reconhecer e resistir a ciberataques e golpes recai sobre as equipes de segurança nos bastidores. O resultado disso é que as violações vão continuar crescendo em 2018.

Edge Computing é a cereja no bolo das nuvens

Conforme encerramos 2017, a nuvem agora se tornou o principal modelo de TI e as organizações estão percebendo que precisam melhorar a segurança de suas nuvens e as soluções para a gestão de desempenho. As soluções "cloud-washed" que foram originalmente projetadas para os data centers simplesmente não dão conta. É necessária uma forma moderna de computação distribuída e descentralizada para agregar valor à nuvem e esse novo modelo se chama edge computing.

Edge computing melhora a eficiência global da nuvem mantendo recursos tecnológicos como computação, armazenamento e redes perto dos usuários. Veremos mais empresas usando padrões projetados para trabalhar nas pontas em suas arquiteturas de infraestrutura para alavancar melhor os benefícios da nuvem, sem sacrificar a velocidade ou a confiabilidade. Acrescentar o elemento de edge computing significará trazer de volta o poder de processamento à rede corporativa para obter resultados mais rápidos que funcionam, mesmo quando a nuvem não funcionar.

5G criará novas oportunidades de mercado, novas competências e novos negócios

O 5G virá mais rápido que o previsto e irá provocar grandes rupturas, pois representará o início de uma nova era de conectividade. Mesmo em seus primeiros estágios, houve investimento pesado e generalizado em 5G, e muitos provedores e organizações já comprometeram recursos para testar novos equipamentos, tecnologia e usos para 5G. Com efeito, uma recente pesquisa realizada pela Ixia revelou que 96% das grandes empresas de tecnologia planejam alavancar o 5G e 83% desenvolverão soluções de 5G dentro dos próximos 24 meses.

A transição de 4G para 5G apresentará inúmeras oportunidades de negócio em múltiplos verticais. Em última instância, a conectividade será facilitada e guiará uma nova onda de tecnologia e crescimento para muitas organizações, que, de outro modo, não seria possível.

Eu, por exemplo, saúdo nossos novos mestres robôs

Os aplicativos costumavam ser os reis. Do celular à internet, para cada tarefa havia um correspondente "tem um aplicativo para isso!". Agora temos Apple, Amazon, Google e Facebook entre as empresas que apostaram em um futuro dominado pelos robôs.

O benefício subavaliado deste direcionamento é que ele tornará o trabalho em rede mais simples. Não mais se enviará tarefas para centenas de diferentes aplicativos para realizar simples microtarefas. Em vez disso, tudo será enviado ao robô. Pontos de falha na conexão exterior serão mais fáceis de encontrar e os TIs estarão mais habilitados a manter suas empresas online.

A infraestrutura de TI pública vai se tornar o seu trabalho

Os data centers não ficam mais na salinha ao lado do escritório; eles podem nem estar localizados num raio de 150 quilômetros do grande escritório mais próximo, sem falar nas filiais remotas. Os trabalhadores em casa e os guerreiros de estrada constituem uma porcentagem cada vez maior da força de trabalho – o que significa que tarefas diárias dependem de servidores e redes que não pertencem a você.

Vimos quais foram as consequência disso em grandes incidentes, como a interrupção da AWS em março de 2017, em que uma interrupção de um único data center de nuvem da Amazon derrubou vários grandes serviços online, tais como Quora, Business Insider e partes da Slack. Muitas organizações compraram o modelo de nuvem hiperdimensionado e ficarão à mercê desses provedores para sustentar a disponibilidade que eles precisam. As equipes de TI precisam estabelecer mais controle sobre o tráfego de dados na nuvem para evitar qualquer violação na experiência de segurança e proteção de seus clientes e na produtividade dos empregados. Eles vão precisar estabelecer maior visibilidade em suas nuvens, à medida que as nuvens se tornam o modo dominante de comunicação e processamento.

Inteligência Artificial finalmente entrega o valor de ter tudo definido por programas

A Inteligência Artificial (IA) está definitivamente no páreo das principais palavras chave de tecnologia deste ano, e por uma boa razão. Ela permitiu grandes avanços em como as empresas lidam com dados por toda parte, de suas equipes de segurança aos departamentos de RH. A adoção e inovação nesse espaço não vai desacelerar tão cedo.

A próxima grande área em que veremos investimentos em AI é o espaço de redes. Os recursos em que tudo é definido por programas, a nuvem e a globalização deixaram de lado as práticas manuais de operação que as equipes de TI tradicionalmente usavam para fazer a manutenção de suas redes. Provedores inovadores estão agora introduzindo aprendizado de máquina e IA em suas plataformas de rede, efetivamente moldando o desempenho da rede conforme o necessário, para atender requisitos dos serviços e aplicativos que a rede carrega. A continuar essa tendência, as empresas precisarão manter o mesmo nível de visibilidade de dados empacotados que eles têm com redes baseadas em hardware para aproveitar todas vantagens possíveis.

Jeff Harris, Chief Marketing Officer da Ixia.

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