A Nokia confirmou nesta terça-feira, 14, que pode retornar ao mercado de celulares — no qual foi uma das pioneiras e liderou por muitos anos —, por meio de um projeto licenciamento de novos aparelhos da marca, embora faça a ressalva de que isso não irá acontecer antes do fim do próximo ano.
Em um comunicado, o porta-voz Nokia Technologies, Robert Morlino, detalhou as opções da empresa para passar a vender celulares novamente. Segundo ele, a empresa estava à procura de um parceiro para assumir a produção, vendas, marketing e suporte ao cliente dos produtos.
Morlino ressaltou, porém, que a Nokia está focada mais na rede móvel, mapeamento e outras tecnologias, e que um retorno ao mercado de celulares exigiria uma abordagem diferente. "O caminho de volta para o mercado de telefones móveis para Nokia deve ser através de um modelo de licenciamento de marca", disse ele ao USA Today. "Isso significa identificar um parceiro que pode ser responsável por todo o apoio à fabricação, vendas, marketing e atendimento ao cliente."
A fabricante finlandesa vendeu sua divisão de celulares para a Microsoft o ano passado, por US$ 7,5 bilhões, depois de anos de quedas nas vendas. O acordo de venda firmado com a fabricante de software não permite que ela retorne ao mercado de celulares antes do quarto trimestre de 2016. Mas a Microsoft também não tem se saído bem no negócio de telefonia móvel. Na semana passada, a empresa anunciou que irá cortar até 7,8 mil postos de trabalho e assumir um prejuízo de US$ 7,6 bilhões relacionado à divisão de celulares.
A Nokia liderou o mercado de telefonia celular até a chegada dos smartphones e a ascensão de empresas como Apple, Google e Samsung. Em 2012, a Samsung determinou os 14 anos de reinado da Nokia como a maior fabricante mundial de celulares.
Em junho, o CEO da Nokia, Rajeev Suri, já havia afirmado, em entrevista à revista alemã Manager Magazin, que a empresa poderia voltar a criar novos celulares e licenciar para parceiros.